O relator do processo de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) será o deputado Marcelo Freitas (União-MG), que já se referiu ao parlamentar como seu “amigo”. A escolha foi feita pelo presidente do Conselho de Ética da Câmara, Fábio Schiochet (União-SC), a partir de uma lista que incluía um deputado do PSOL e uma deputada do PDT.
Em um vídeo de 2019, Freitas expressou sua proximidade com Eduardo, destacando o apoio ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Estamos com o nosso amigo, deputado Eduardo Bolsonaro, apenas para dar tranquilidade aos nossos colegas. Divergências existem, mas isso faz parte da caminhada”, declarou na época.
Hoje, Freitas terá a responsabilidade de julgar o mesmo Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde o início do ano. O PT protocolou uma representação pedindo a cassação do deputado, alegando que ele tem se dedicado a difamar instituições brasileiras, especialmente o Supremo Tribunal Federal.
Marcelo Freitas também defende publicamente posições semelhantes às de Eduardo. Em suas postagens, ele fala sobre anistia, impeachment do ministro Alexandre de Moraes e liberdade para o ex-presidente Jair Bolsonaro.
No início de agosto, Freitas se mostrou favorável à obstrução total dos trabalhos da Câmara até que um projeto de anistia fosse votado. “O Brasil vive um momento decisivo. É hora de exigirmos pautas que não podem ser ignoradas”, comentou.
Recentemente, ele também apoiou a PEC da Blindagem, que promete fortalecer a voz do parlamento contra eventuais perseguições políticas.
A partir de agora, Eduardo Bolsonaro tem dez dias úteis para apresentar sua defesa. Após isso, o relator terá 40 dias úteis para instruir o processo e dar seu parecer final.
O parecer será discutido e votado por membros do Conselho de Ética. Se Eduardo quiser recorrer, terá a opção de fazê-lo à Comissão de Constituição e Justiça, que deve analisar o caso em cinco dias úteis. A eventual decisão do Conselho poderá levar à votação aberta em Plenário, onde a cassação exige ao menos 257 votos.
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