O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, manifestou seu descontentamento após os Estados Unidos revogarem seu visto. A decisão foi anunciada um dia depois de ele participar de uma manifestação em Nova York, onde fez um discurso a favor da Palestina durante a Assembleia Geral da ONU.
O Departamento de Estado dos EUA afirmou que a revogação do visto se deu em razão de Petro, segundo eles, incitar a violência ao sugerir que militares americanos desobedecessem ordens do presidente Donald Trump. “Revogaremos seu visto devido aos seus atos imprudentes e incendiários”, foi a declaração oficial.
No protesto, Petro usou um megafone e pediu a criação de “uma força armada mundial maior que a dos Estados Unidos” para libertar os palestinos. Ele também fez um apelo aos militares americanos para que não apontassem armas contra a humanidade e desobedecessem a Trump.
Após a revogação do visto, Petro minimizou a situação em suas redes sociais, afirmando que não se importava, pois possui cidadania europeia e se considera uma pessoa livre no mundo. Ele também denunciou a revogação como uma retaliação por suas críticas ao que considera genocídio em Gaza.
A medida gerou reações no governo da Colômbia. O ministro do Interior, Armando Benedetti, disse que o visto deveria ter sido retirado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em vez de Petro. Segundo Benedetti, Petro é um dos poucos líderes a ousar denunciar o genocídio contra os palestinos.
As tensões entre Bogotá e Washington já estavam em alta desde o retorno de Trump à presidência. Em 2025, Petro bloqueou deportações de imigrantes, o que resultou em ameaças de sanções comerciais. Eventos anteriores incluíram os dois países chamando de volta seus embaixadores após acusações de tentativas de golpe.
Vale lembrar que a última revogação de visto de um presidente colombiano aconteceu em 1996, quando Ernesto Samper foi punido devido a denúncias de financiamento irregular de campanha.
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