Um casal foi detido sob a suspeita de ter executado um homem em situação de rua com três tiros no dia 22 de junho, no bairro Baraúnas, em Feira de Santana. A prisão aconteceu nesta segunda-feira (29), e a vítima, um homem de 39 anos, não sobreviveu aos ferimentos.
O delegado Gustavo Coutinho, que está à frente da Delegacia de Homicídios de Feira de Santana, explicou que a identificação dos suspeitos foi feita por meio de uma análise detalhada das câmeras de segurança e do rastreamento do veículo usado no crime, um Vectra cinza.
A vítima sofreu três disparos de arma calibre .40, incluindo um que atingiu seu rosto, falecendo no local. Coutinho destacou que a vítima era uma pessoa vulnerável, vivendo em situação de rua e lidando com problemas relacionados ao uso de entorpecentes. O crime ocorreu em um domingo pela manhã, poucos dias antes dos festejos juninos.
O delegado informou que a motivação do crime envolveu o que ele classificou como um “tipo de extermínio”. O casal alegou que a vítima estava arrombando sua residência, que estava em construção, e furtando objetos, além de causar problemas.
A polícia focou na identificação do veículo, que já havia sido observado circulando pela área antes do homicídio. O Vectra foi reconhecido por detalhes como uma lanterna traseira queimada e adesivos no para-brisa. Após identificar o proprietário do carro, que residia em um bairro próximo, a Polícia Civil solicitou a prisão temporária do casal.
Durante uma busca na residência, a polícia encontrou uma fotografia do proprietário do veículo segurando uma pistola, o que fortaleceu as evidências contra eles. A Justiça decretou a prisão temporária do casal, inicialmente por 30 dias, com possibilidade de prorrogação. Eles estão à disposição da Justiça no Conjunto Policial Investigador Bandeira e devem passar por uma audiência de custódia. Ao final do inquérito, a Polícia Civil pedirá a conversão da prisão temporária para preventiva.
O caso levanta questões sobre a segurança e as condições dos moradores em situação de rua na cidade. O que você acha sobre a violência enfrentada por essas pessoas? Compartilhe sua opinião nos comentários.
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