Donald Trump quer para o Brasil um bolsonarismo de resultados

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O Brasil precisa ser ajustado para não prejudicar os interesses dos Estados Unidos. Essa afirmação foi feita pelo Secretário de Comércio do governo Donald Trump, Howard Lutnick, em uma recente entrevista à emissora NewsNation. Mas não é apenas o Brasil que precisa de mudanças, segundo ele.

Lutnick mencionou que há “um punhado de países” que também requerem ajustes, incluindo a Índia e a Suíça. O que ele chama de “conserto” se resume a duas ações: abrir mais os mercados para produtos americanos e evitar decisões que possam prejudicar os Estados Unidos.

A ideia de abertura de mercado é clara, mas a segunda parte é mais ampla. Isso, por exemplo, pode envolver o Brasil reduzindo suas relações com a China, que é seu maior parceiro comercial atualmente.

Os Estados Unidos consideram a China como a principal ameaça aos seus interesses globais, de acordo com o relatório “Avaliação Anual de Ameaças”, elaborado por agências de inteligência americanas. Mas muitos se perguntam qual é a relação disso com o Brasil.

É um problema que não pertence ao Brasil. No entanto, o governo Trump insiste em nos incluir nos seus argumentos sobre a queda do império americano. A história nos mostra que todo império um dia cai, e isso pode acontecer em diferentes ritmos.

Contrariando a visão de Lutnick, Trump já afirmou em uma carta enviada a Lula que o Brasil importa mais do que vende para os EUA, resultando em um déficit comercial superior a US$ 28 bilhões em 2024.

Na mesma carta, Trump pediu a suspensão imediata do julgamento de Bolsonaro e outros envolvidos em eventos de dezembro de 2022 e janeiro de 2023. Como isso não ocorreu, ele continua a pressionar o Brasil com informações distorcidas.

O governo Trump busca que o Brasil se alinhe ideologicamente aos Estados Unidos. Se Lula e sua equipe não aceitarem essa proposta, Trump fará uma tentativa para eleger, em 2026, um presidente que atenda aos interesses americanos.

Se Bolsonaro não for uma opção viável, eles podem apoiar alguém similar, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que já demonstrou apoio a Trump.

Depois de ter usado o boné de Trump e assistido sem hesitação ao desfile da bandeira americana na Avenida Paulista, Tarcísio agora parece incerto.

Como você vê essa pressão dos Estados Unidos sobre o Brasil? Compartilhe sua opinião nos comentários. Sua voz é importante!

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