Hamas pede mais tempo para analisar plano de Trump para Gaza

O Hamas está em busca de mais tempo para avaliar o plano de paz proposto por Donald Trump para Gaza. O líder do grupo mencionou que a proposta é apoiada pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. A expectativa é que o Hamas possa responder dentro de poucos dias, conforme um ultimato dado por Trump.

Trump estipulou um prazo de “três ou quatro dias” para que o Hamas aceite o plano que visa encerrar quase dois anos de conflito na região. Um membro da alta cúpula do Hamas, que preferiu não se identificar, declarou que o grupo está em consultas internas e ainda necessita de mais tempo para deliberar.

O plano inclui um cessar-fogo, a libertação de reféns em 72 horas, além do desarmamento do Hamas e a retirada progressiva das forças israelenses de Gaza. Apesar do suporte de diversos países árabes e ocidentais, existam pontos que geram incertezas, como o cronograma para a retirada e as condições do desarmamento.

Mohamad Nazal, membro do conselho político do Hamas, ressaltou que o grupo está em contato com mediadores e está avaliando a possibilidade de chegar a um acordo. O Hamas pretende fazer um anúncio em breve sobre sua posição em relação ao plano.

Enquanto isso, os bombardeios em Gaza continuam intensos. A Defesa Civil local reportou que a situação se agravou, forçando centenas de milhares de pessoas a se deslocarem para áreas do sul. James Elder, porta-voz da Unicef, alertou que não há locais seguros para os palestinos e que as áreas designadas como refugios são “locais de morte”.

Após quase dois anos de conflito, que começou com o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, protestos estão se intensificando globalmente. Recentemente, uma flotilha com ativistas, entre eles Greta Thunberg, partiu para Gaza em busca de ajuda humanitária. No entanto, a Marinha israelense já começou a interceptar os barcos, resultando na detenção de mais de 400 ativistas.

Dentro do Hamas, há divisões sobre a aceitação do plano. Uma fonte próxima à liderança do grupo mencionou que alguns membros desejam alterar cláusulas que tratam do desarmamento. Outros pedem garantias internacionais sobre a retirada de Israel da Faixa de Gaza e a não realização de tentativas de assassinato contra líderes do Hamas.

Com isso, as perspectivas sobre o futuro da região continuam incertas. O que você acha dessa situação? Deixe sua opinião nos comentários.

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