A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) está detida na prisão de Ketziot, em Israel, após a interceptação da flotilha Global Sumud. Esse grupo tentava levar alimentos e medicamentos para Gaza, mas foi abordado pelas forças israelenses no dia 1º de outubro.
Luizianne se recusou a assinar um documento de deportação acelerada oferecido pelo governo de Israel. Ela considerou os termos abusivos e tomou essa decisão em solidariedade aos outros integrantes da delegação brasileira, que também não aceitaram a proposta. Além dela, estão detidos o ativista Thiago Ávila, a vereadora de Campinas, Mariana Conti (PSOL), e Gabi Tolotti, presidente do PSOL no Rio Grande do Sul.
A situação é preocupante. Quatro brasileiros, incluindo Thiago Ávila e João Aguiar, iniciaram uma greve de fome em protesto. Um dos integrantes da missão, Nicolas Calabrese, foi deportado para a Turquia. Segundo relatos da equipe da deputada, parte do grupo está sem acesso a água, alimentos e medicamentos, uma situação que poderia violar normas internacionais de direitos humanos.
As audiências judiciais sobre a detenção acontecem neste sábado (4), e a assessoria da deputada está acompanhando o caso. Em nota, a equipe solicita que o governo de Israel libere imediata e incondicionalmente os brasileiros detidos.
A flotilha tinha caráter humanitário, buscando entregar suprimentos à população palestina em Gaza. Entre os tripulantes internacionais, está a ativista Greta Thunberg, que também reportou estar detida em condições severas.
O governo brasileiro, por meio do Itamaraty e da Embaixada em Tel Aviv, está monitorando a situação. A interceptação foi classificada como uma “grave violação do direito internacional”, reforçando que a missão tinha caráter pacífico e humanitário. Enquanto isso, manifestações estão ocorrendo em frente ao Palácio do Itamaraty, em Brasília, organizadas por estudantes, professores e representantes de movimentos sociais, pedindo a libertação dos ativistas e a garantia do envio de ajuda humanitária à Gaza.
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