O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou uma nota na madrugada deste sábado (4) sobre o plano de cessar-fogo anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a Faixa de Gaza.

O governo brasileiro informou que “acompanha com atenção” as discussões sobre a proposta americana. O Brasil reafirma que a paz na região só será possível com a implementação de dois Estados: um Estado da Palestina independente e viável, convivendo pacificamente com Israel.

Na nota, o Brasil reconhece os esforços dos países mediadores para acabar com o conflito e expressa a expectativa de que, se aceito e implementado pelas partes, o plano leve à cessação imediata e permanente dos ataques israelenses à Faixa de Gaza. O documento também pede a libertação dos reféns, a permissão para entrada de ajuda humanitária e uma reconstrução urgente do território sob supervisão palestina. Além disso, defende a retirada total das forças israelenses de Gaza.

O ministro Mauro Vieira, à frente do Itamaraty, já havia elogiado a proposta nesta quarta-feira (1), afirmando que ela reflete as posições tradicionalmente defendidas pelo Brasil. O plano de Trump prevê um cessar-fogo e a liberação dos reféns israelenses em até 72 horas, além do desarmamento do Hamas.

O governo brasileiro também menciona que qualquer Força Internacional de Estabilização na região deverá ter um mandato claro e aprovado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

A proposta foi apresentada por Trump e pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, após reunião na Casa Branca. O Hamas anunciou que aceita alguns pontos do plano, como a renúncia ao poder e a libertação dos reféns restantes.

Leia a íntegra da nota do Itamaraty:

“O governo brasileiro acompanha com atenção as discussões após o anúncio do novo plano para cessar-fogo na Faixa de Gaza, onde a população enfrenta crises graves. O Brasil reconhece as tentativas dos mediadores e espera que, se aceito, o plano ajude a cessar os ataques israelenses, libere os reféns e permita a entrada de ajuda humanitária.”

O Brasil reiterou que o caminho para uma paz duradoura no Oriente Médio envolve a criação de dois Estados, com a Palestina independente ao lado de Israel, conforme as fronteiras de 1967.

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