
O economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, alertou que o risco fiscal do país pode resultar em uma crise significativa. Ele fez essa declaração durante uma palestra do atual presidente do BC, Gabriel Galípolo, no evento “O Brasil na visão das lideranças públicas”, promovido pela Fundação Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo.
Armínio Fraga destacou que, sem ações corretivas, o Brasil pode enfrentar uma “crise de grandes proporções”. Segundo ele, a situação fiscal é alarmante e requer atenção imediata.
Fraga ainda compartilhou que aceitou o convite de Fernando Henrique Cardoso para presidir o BC rapidamente, devido à confiança nas políticas fiscais da época. Ele mencionou um compromisso de realizar um ajuste fiscal de 4 pontos do PIB, que foi alcançado.
Atualmente, o cenário é diferente e apresenta preocupações. Armínio notou que termos como “dominância fiscal” têm sido usados, o que indica que a alta dívida e os déficits podem limitar a eficácia da política monetária. Isso torna desafiador para o BC controlar a inflação, mesmo elevando os juros.
Ele também comentou sobre a taxa de juros reais, que está em 10% ao ano (nominais em 15%), em um contexto de produtividade modesta e baixos investimentos. A situação fiscal é, segundo Fraga, o ponto mais crítico, e as taxas de juros são apenas um reflexo do problema. Ele frisou que as isenções impactam as taxas, e quem arca com isso é o Tesouro.
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