A situação dos idosos no Lar Sagrada Família, uma instituição interditada na segunda-feira (6) pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e pela Vigilância Sanitária, foi dramática. A maioria deles foi transferida para uma Unidade de Acolhimento Institucional (UAI) da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre). A responsável pelo lar foi presa durante a operação.
No local, 19 pessoas, incluindo idosos e não idosos, foram encontradas em condições descritas pela promotora de Justiça, Ana Rita Nascimento, como “inabitável”. A investigação revelou uma realidade alarmante, onde os direitos dos moradores estavam sendo desrespeitados, colocando a saúde e integridade dos abrigados em risco. As condições eram precárias, com falta de higiene e alimentos. Além disso, alguns idosos apresentavam feridas crônicas e escabiose.
A operação que levou à prisão da responsável começou em 2024, quando o Lar Sagrada Família ainda estava localizado no bairro de Praia Grande. Naquela época, o local foi inspecionado e notificado para realizar adequações. Contudo, a proprietária decidiu encerrar as atividades nesse endereço e reabriu de forma irregular em Alto de Coutos, onde as condições permaneceram as mesmas.
Após a transferência, a maioria dos idosos foi encaminhada para a UAI da Sempre, enquanto outros foram levados de volta à sua cidade de origem, Simões Filho, que faz parte da região metropolitana de Salvador. A intervenção foi realizada por uma força-tarefa que incluiu o MP-BA, Vigilância Sanitária, secretarias municipais e as Polícias Civil e Militar.
Esse caso levanta questões importantes sobre a fiscalização de instituições de acolhimento e a proteção dos direitos dos idosos. O que você pensa sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários.
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