A deputada estadual Fátima Nunes, do PT, propôs que Tom Zé, cantor e compositor baiano, receba a Comenda 2 de Julho, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). O projeto foi protocolado nesta segunda-feira, 6.
A homenagem busca reconhecer o importante legado de Tom Zé, cuja obra reflete a cultura baiana e a leva para diferentes partes do mundo. Fátima Nunes destaca que ele é um dos artistas mais originais da música popular brasileira, com uma trajetória marcada por inovações.
Natural de Irará, na região do Sertão da Bahia, Tom Zé começou sua jornada musical ouvindo grandes nomes como Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. Formou-se em música pela Universidade Federal da Bahia, onde também lecionou e participou de grupos eruditos, incluindo a Orquestra Sinfônica da universidade.
Na década de 1960, ele se destacou em espetáculos que deram origem ao movimento Tropicalista, atuando ao lado de artistas icônicos como Caetano Veloso e Gilberto Gil. Tom Zé foi um dos principais responsáveis pelo álbum “Tropicália ou Panis et Circensis”, que se tornou um marco na história da música brasileira.
Sua música mistura experimentação sonora e crítica social, utilizando instrumentos inusitados para suas composições. Tom Zé é reconhecido com diversos prêmios, como o Prêmio Shell de Música e o Prêmio Multicultural Estadão, além de ter sido mencionado em publicações internacionais como o The New York Times e a Rolling Stone.
A justificativa do projeto enfatiza que Tom Zé completará 90 anos em 2026, o que torna a homenagem ainda mais significativa, celebrando uma vida dedicada à arte e cultura da Bahia e do Brasil.
Fátima Nunes conclui: “Conceder a Comenda 2 de Julho a Tom Zé é reconhecer um baiano que levou a inventividade do nosso povo para os palcos do mundo. Sua obra é um patrimônio da Bahia.”
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