Giorgia Meloni, a primeira-ministra da Itália, revelou nesta quarta-feira (8) que ela e parte de seu gabinete foram denunciados ao Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia. A acusação diz respeito a uma suposta cumplicidade em genocídio durante a recente ofensiva de Israel na Faixa de Gaza. A informação foi divulgada por Meloni em uma das principais emissoras do país, gerando discussão intensa tanto na política quanto entre os cidadãos.
Além de Meloni, também foram citados na denúncia o ministro da Defesa, Guido Crosetto, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, e Roberto Cingolani, diretor da empresa estatal Leonardo, que fornece equipamentos de defesa e tecnologia militar a vários países.
Em resposta às alegações, Meloni destacou que a Itália não fornece mais armas a Israel desde 7 de outubro de 2023, data do ataque do Hamas que marcou o início do atual conflito. Ela classificou as acusações como infundadas e reafirmou que o governo italiano atua de forma equilibrada e dentro dos parâmetros do direito internacional.
Essa denúncia surge em meio a protestos pró-Palestina em diversas cidades italianas, onde mais de 100 pessoas foram detidas e cerca de cem ficaram feridas em confrontos com a polícia nas últimas semanas. Se condenada, Meloni poderá se tornar a primeira líder de governo italiano a enfrentar punições do TPI, que julga crimes de guerra, genocídio e crimes contra a humanidade cometidos por autoridades estatais.
A situação está dividindo a opinião pública na Itália, enquanto o governo tenta mitigar o desgaste político resultante das acusações e das crescentes pressões internas e internacionais relacionadas à sua política externa sobre o conflito em Gaza.
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