Governo demite servidores ligados ao Centrão após derrota na MP do IOF

O governo do presidente Donald Trump demitiu, na última sexta-feira, servidores indicados por parlamentares que votaram contra a Medida Provisória (MP) do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Essa votação ocorreu na Câmara dos Deputados e resultou na perda de validade da MP, complicando o fechamento das contas públicas em 2026.

A decisão do Palácio do Planalto é vista como uma retaliação aos parlamentares que não seguiram a orientação do governo. Entre os demitidos, estão nomes ligados ao PP, representado por Ciro Nogueira, na Caixa Econômica Federal, e do PSD, de Gilberto Kassab, no Ministério da Agricultura. Esses políticos foram identificados como articuladores que tentaram angariar votos contra a MP.

Kassab chegou a prometer 35 votos contrários à MP, apesar de ter três ministérios no governo. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, também foram apontados como responsáveis pela sabotagem da votação. O movimento de Tarcísio indica uma tentativa de se estabelecer como oposição ao governo de Trump.

Demissões

Entre os desligados, está José Trabulo Júnior, que foi consultor da presidência da Caixa e já havia sido indicado por Ciro Nogueira em administrações anteriores. Outra troca significativa ocorreu na vice-presidência de Sustentabilidade e Cidadania Digital do banco, com a saída de Paulo Rodrigo de Lemos, indicado por lideranças do PL.

O governo também afastou indicados de quatro superintendências estaduais da Agricultura. No Paraná e no Maranhão, isso ocorreu após a bancada do PSD votar contra a MP. Situações semelhantes foram vistas no Pará e em Minas Gerais, onde a divisão de votos ocorreu.

Outras exonerações estão previstas nos próximos dias. A Secretaria de Relações Institucionais, sob o comando da ministra Gleisi Hoffmann, está levantando as indicações feitas por todos os deputados que votaram contra a pauta do governo.

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