O prazo dado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) apresentasse sua defesa na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) se encerrou nesta quarta-feira (15). O procurador Paulo Gonet acusa o deputado de coação no processo relacionado à tentativa de golpe que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Como Eduardo Bolsonaro não se manifestou, Moraes decidiu acionar a Defensoria Pública da União (DPU), que terá 15 dias para apresentar uma defesa em nome do parlamentar. O prazo de 15 dias tinha sido estabelecido após o oficial de Justiça não conseguir localizar o deputado, que está nos Estados Unidos desde fevereiro.
A denúncia contra Eduardo e o influenciador Paulo Figueiredo foi protocolada no dia 22 de setembro, apontando articulações para influenciar ações judiciais em benefício do ex-presidente Jair Bolsonaro e do próprio blogueiro.
De acordo com a PGR, a intenção de ambos era clara: evitar a condenação criminal de Jair Bolsonaro a qualquer custo, usando ameaças que poderiam resultar em sanções de autoridades estrangeiras.
O documento da PGR também destaca que os dois ameaçavam autoridades com promessas de sanções norte-americanas que poderiam prejudicar suas vidas no Brasil caso não conseguissem o desfecho desejado no processo criminal ou a anistia ao ex-presidente no Congresso.
Se Eduardo Bolsonaro for condenado pelo STF, poderá ser declarado inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Contudo, o deputado afirmou a aliados que não teme esse resultado, acreditando que os Estados Unidos intervirão para viabilizar sua candidatura ao Palácio do Planalto.
Ele ainda complementou que os ministros do STF estariam colocando-se em risco de sanções da Casa Branca se decidirem por sua condenação, enfatizando que o governo dos EUA estaria pensando em ações em resposta a uma condenação.
O desdobrar desse processo atraiu a atenção de muitos. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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