Recentemente, a investigação da Polícia Civil revelou um esquema criminoso que operava na Bahia e estava ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O delegado Fábio Lordello, diretor do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), deu detalhes sobre a operação ativa que resultou na desarticulação de um braço da organização durante a operação Carbono Oculto.
O grupo criminoso utilizava mais de 200 postos de combustíveis e empresas de fachada para movimentar dinheiro proveniente da adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro. Segundo Lordello, a facção mantinha relações diretas com membros em São Paulo, conhecidos entre si como “Primos”. Na Bahia, Jailton Ribeiro, também chamado de Jailson Ribeiro, liderava a operação local, subordinado ao empresário foragido Mohamed.
Durante as buscas, a polícia encontrou galpões usados para armazenar nafta, que era misturada com combustíveis. Essas instalações estavam localizadas em cidades como Feira de Santana e Alagoinhas. O transporte desses insumos era feito por empresas vinculadas a Mohamad Hussein Mourad, também conhecido como “O Primo”.
A operação resultou no bloqueio de R$ 6,5 bilhões em ativos financeiros, um reflexo da profundidade e do impacto social do esquema. Lordello comentou sobre as consequências dessa estrutura criminosa, que afeta tudo, desde consumidores que abastecem com combustíveis adulterados até o aumento da violência associada ao tráfico de drogas e armas.
O delegado também destacou que a investigação ainda está em andamento. Ele acredita que a evasão fiscal gerada pelo grupo é substancial, mas informou que quantificar os danos ainda é prematuro. A polícia continua a tentar identificar empresas e indivíduos conectados ao esquema.
Os postos de combustível envolvidos operavam de maneira disfarçada, utilizando diferentes bandeiras, mas sempre focados na adulteração e na distribuição do combustível ilegal. Os principais suspeitos na Bahia já foram presos, mas a investigação se expandirá para alcançar outros membros do grupo.
Além disso, a polícia apreendeu veículos de luxo em nome de Jailton Ribeiro, com o valor de apenas dois automóveis superando R$ 600 mil. Curiosamente, Jailton havia declarado apenas R$ 275 mil em bens à Justiça Eleitoral quando se candidatou em Iaçu em 2024.
Lordello assegurou que todos os envolvidos enfrentarão ações rigorosas por parte da Polícia Civil. O objetivo é desmantelar toda a estrutura do crime organizado, desde o topo até a base.
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