Enviados dos EUA se reúnem com Netanyahu após novos ataques ameaçarem cessar-fogo em Gaza

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Enviados do governo dos Estados Unidos se encontraram nesta segunda-feira com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, no contexto de uma escalada de violência em Gaza. Esse encontro ocorre um dia após uma série de bombardeios israelenses que reacenderam temores de colapso do cessar-fogo estabelecido com o Hamas. Os ataques de domingo foram justificados por Israel como resposta a disparos do Hamas, que negou ter realizado qualquer ofensiva.

Apesar dessa escalada, o presidente americano Donald Trump reafirmou que a trégua “permanece em vigor” e pediu “uma pequena chance” para a redução da violência. O enviado de Trump, Steve Witkoff, e o genro do presidente, Jared Kushner, se reuniram com Netanyahu para discutir a situação atual, de acordo com a porta-voz do governo israelense, Shosh Bedrosian. Após o encontro, não houve declarações de nenhuma das partes.

Trump também alertou que o Hamas seria “eliminado” se não cumprisse o acordo de cessar-fogo. Em outro movimento diplomático, o vice-presidente americano, J.D. Vance, está previsto para visitar Israel nesta terça-feira.

Os bombardeios de domingo, conforme a Defesa Civil de Gaza, resultaram em 45 mortos, com mais quatro palestinos mortos nesta segunda-feira em tiroteios no leste do território. Essa situação é considerada a mais grave desde o início do cessar-fogo em 10 de outubro, que foi negociado com base no plano de paz proposto por Trump.

O conflito atual entre Israel e Hamas se intensificou após um ataque do grupo palestino em 7 de outubro de 2023, que deixou 1.221 mortos em Israel. A retaliação israelense já custou a vida de mais de 68 mil pessoas em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde local, com números considerados críveis pela ONU.

O Exército israelense anunciou na última sexta-feira o fim de ataques, acusando o Hamas de violar a trégua ao atacar soldados em Rafah. Israel declarou ter “eliminado combatentes” que cruzaram uma zona de retirada militar em Gaza, mas o Hamas se defendeu, reafirmando seu “compromisso total com o cessar-fogo”.

Enquanto isso, uma delegação do Hamas se encontrava no Cairo discutindo com representantes do Egito e do Catar o futuro do cessar-fogo e a reconstrução do território. As conversas estão focadas na criação de um comitê de especialistas independentes para a administração civil de Gaza após o conflito.

Como parte do acordo atual, o Hamas já entregou 20 reféns e 13 corpos de israelenses, enquanto Israel libertou cerca de 2.000 prisioneiros palestinos. As próximas etapas do plano incluem o desarmamento do Hamas, anistia ou exílio para seus combatentes e a retirada gradual das tropas israelenses da Faixa de Gaza.

O que você pensa sobre a situação atual em Gaza? Deixe sua opinião nos comentários e vamos discutir juntos.

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