Um professor de matemática foi agredido dentro do Centro Educacional 4, localizado no Guará, durante o intervalo da manhã desta segunda-feira. O incidente ocorreu após uma discussão entre o educador e uma aluna sobre o uso de celular na sala de aula.
O professor, de 53 anos, que preferiu não se identificar, relatou que o pai da aluna foi à escola para confrontá-lo sobre a situação. Ele ficou surpreso com a agressão, afirmando que “não deu tempo de reagir” e que sua única reação foi tentar se proteger.
A agressão aconteceu na sala de coordenação, onde dois outros servidores estavam presentes, e um deles filmou a cena. O professor ficou com escoriações e seu óculos foi quebrado durante o ataque.
“Estou muito surpreso com isso tudo. Ainda bem que não aconteceu nada de pior. Imagina se um cara desse estivesse armado. É muito triste você trabalhar a vida inteira em uma escola pública e não ter tranquilidade para exercer o seu trabalho”, desabafou.
Com 25 anos de experiência, e 10 deles no CED 4, este foi o primeiro incidente desse tipo que o professor enfrentou. Ele expressou a dificuldade emocional que está sentindo e que precisará se afastar da sala de aula.
Agressão Documentada
Imagens divulgadas mostram o pai da aluna segurando o professor pela gola enquanto o agredia. Outros estudantes e funcionários tentaram conter a situação, e a própria filha do agressor acabou intervindo, derrubando o pai no chão.
A Polícia Militar foi chamada ao local, onde encontrou a situação já controlada. O professor relatou que foi atacado com socos e pontapés. O pai da aluna afirmou que recebeu uma mensagem da filha, alegando xingamentos por parte do professor.
Ambos foram levados à 1ª Delegacia de Polícia da Asa Sul, onde foi registrada uma ocorrência de desacato, injúria e lesão corporal. O professor passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal.
Posição da Secretaria de Educação
A Secretaria de Educação do DF (SEEDF) informou que está ciente do ocorrido e que a equipe gestora acionou a polícia para controlar a confusão. O caso será encaminhado à Corregedoria da SEEDF para apuração e adoção de medidas cabíveis.
Além disso, o Batalhão Escolar foi acionado para reforçar a segurança durante a entrada e saída dos estudantes nos próximos dias. A SEEDF repudia qualquer forma de violência no ambiente escolar e reafirma seu compromisso em promover uma cultura de paz.
O que você acha dessa situação? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião sobre como devemos lidar com a violência nas escolas.
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