O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, fez sérias alegações contra os Estados Unidos, afirmando que eles praticaram “execuções extrajudiciais” em recentes operações militares contra embarcações suspeitas de envolvimento no tráfico de drogas. Segundo Petro, os ataques, que resultaram em 37 mortes, violam o direito internacional e demonstram um uso desproporcional da força. “Os supostos traficantes devem ser levados à justiça, não assassinados”, declarou em coletiva de imprensa em Bogotá.
Essas críticas reacendem a tensão entre Bogotá e Washington, que historicamente se uniram no combate ao narcotráfico. Desde agosto, os EUA iniciaram uma mobilização militar sem precedentes na região, envolvendo destróieres e submarinos. Relatos indicam que essas operações ocorreram próximo às águas colombianas.
A situação se agravou quando Trump retirou a Colômbia da lista de países aliados na luta contra as drogas, revogou o visto de Petro e cortou ajudas financeiras que ultrapassam US$ 740 milhões anuais. Além disso, o presidente americano fez acusações de que Petro seria um “líder narcotraficante”. Em resposta, Petro alegou que essa postura dos EUA integra uma estratégia geopolítica para dominar a América Latina, visando recursos como o petróleo da Venezuela e interferindo nas eleições colombianas de 2026.
Petro alertou que qualquer operação terrestre seria considerada uma invasão e uma violação da soberania nacional. A Casa Branca, através da porta-voz Karoline Leavitt, respondeu afirmando que não há sinais de desescalada por parte do presidente colombiano. Enquanto isso, diplomatas dos dois países buscam mitigar a crise, com um encontro recente entre o encarregado de negócios dos EUA em Bogotá, John McNamara, e representantes colombianos, que foi descrito como “franco”, mas sem resultados concretos.
Essa crise diplomática promete desdobramentos importantes na relação entre a Colômbia e os Estados Unidos. O que você pensa sobre essa situação complexa? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião.

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