Scott Bessent, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, embarcou em uma missão significativa à Ásia, onde se reunirá com o presidente Donald J. Trump. O roteiro inclui visitas à Malásia, Japão e Coreia do Sul e destaca a importância da diplomacia econômica na estratégia estadunidense.
Na Malásia, Bessent terá um encontro com o vice-premiê chinês He Lifeng, em meio a crescentes tensões comerciais com a China. As discussões abarcarão tanto o comércio bilateral quanto as restrições chinesas sobre recursos de ‘terras raras’ e tecnologia avançada, que são vistas como ameaças às cadeias produtivas dos EUA.
Durante a visita ao Japão, Bessent acompanhará Trump na visita de Estado a Tóquio, mostrando que o Tesouro está cada vez mais integrado nas alianças estratégicas e econômicas da administração atual.
Na Coreia do Sul, a agenda se conecta ao fórum da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) e a negociações de acordos comerciais. Bessent mencionou que os EUA estão próximos de concluir um acordo com a Coreia do Sul em até dez dias.
Essas reuniões são mais do que protocolos. Elas abordam questões fiscais internas, com Bessent afirmando que a relação dívida/PIB dos EUA poderia cair para cerca de 3% em breve, o que demonstra a necessidade de uma economia interna forte para garantir poder diplomático. Atualmente, a dívida pública dos EUA está sob pressão, e projeções indicam que o rácio dívida/PIB pode ultrapassar 100% até 2028.
Além disso, o governo americano vê com preocupação as restrições da China sobre exportações de materiais essenciais, utilizando a figura de Bessent para ativar o diálogo antes de Trump se encontrar com o presidente chinês Xi Jinping.
Os movimentos estratégicos dos EUA também impactam a economia brasileira e de outros países emergentes. Mudanças no comércio global podem afetar exportações, importações e investimentos, podendo fortalecer o dólar e reconfigurar fluxos de capital. Uma relação mais tensa com a China poderia ainda influenciar alianças econômicas no Pacífico, exigindo atenção geopolítica redobrada.
A viagem de Scott Bessent não é apenas mais uma formalidade. Ela simboliza uma conexão direta entre a política fiscal interna, a diplomacia econômica e a estratégia global dos EUA. À medida que as finanças americanas demandam estabilidade, o país busca se firmar como protagonista na nova ordem econômica do Pacífico.
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