A história de João Rebello, DJ e ex-ator mirim, que foi morto por engano em Trancoso, na Costa do Descobrimento, agora se transforma em filme. Um ano após o crime, a família lançou o documentário “Fôlego – Até Depois do Fim”, que foi exibido no Festival do Rio e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
João foi executado a tiros no dia 24 de outubro do ano passado, enquanto estacionava seu carro no centro de Trancoso. As investigações revelaram que ele foi alvo de uma confusão, pois o verdadeiro alvo era outro homem, que enfrentava ameaças de traficantes na região.
O artista foi encontrado dentro do carro com marcas de disparos. Testemunhas relataram que dois homens em uma motocicleta foram os responsáveis pelo crime e fugiram imediatamente. O caso teve ampla cobertura, sendo acompanhado pelo Radar News, parceiro do Bahia Notícias.
O documentário, “Fôlego – Até Depois do Fim”, é uma homenagem não só a João, mas também ao tio dele, o ator e diretor Jorge Fernando, que faleceu em 2019, e à avó Hilda Rebello, matriarca da família. A produção, idealizada por amigos e familiares, foi escrita e estrelada por Maria Carol Rebello, irmã de João, e dirigida por Candé Salles, seu melhor amigo. A mãe, Maria Rebello, atuou como produtora.
Com um formato de “documentário confessional,” a obra oferece um olhar pessoal de Maria Carol sobre a trajetória da família e o legado do irmão. Candé Salles ressalta que o filme busca mostrar “o multiartista que João era, e não apenas o ator mirim”.
João teve uma carreira diversificada. Além de atuar na infância, colaborou com o rapper Marcelo D2 na identidade visual do álbum “À Procura da Batida Perfeita” e dirigiu videoclipes. O documentário também conta com participações de personalidades como Xuxa, Ney Matogrosso e Marcelo D2, que tiveram um convívio próximo com João e Jorge Fernando.
Após o crime, três suspeitos foram identificados: Felipe Souza Bruno (Zingue), Anderson Nascimento Sena (Danda) e Wallace Santos Oliveira (WL). A investigação revelou que “WL” se entregou dias após a decretação de sua prisão, “Danda” morreu em confronto com a polícia em Porto Seguro, e “Zingue” foi preso no Espírito Santo, em janeiro deste ano.
As investigações continuam, e a polícia ainda não informou se os suspeitos estão presos ou respondendo em liberdade. O corpo de João Rebello foi sepultado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio de Janeiro.
Esse documentário não é apenas uma forma de lembrar João, mas também uma reflexão sobre a violência que afeta tantas famílias. O que você acha dessa iniciativa? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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