Uma pesquisa recente revelou que uma onda de calor marinha sem precedentes em 2023 levou duas espécies de coral à extinção funcional no **Arrecife de Coral da Flórida**. O estudo, publicado na revista Science, destaca os severos impactos das mudanças climáticas nos ecossistemas oceânicos.
As espécies afetadas são o **coral chifre-de-alce** e o **coral chifre-de-veado**, que têm as características ramificações semelhantes a chifres. Esses corais eram essenciais para a formação e manutenção dos arrecifes na Flórida e no Caribe, servindo de abrigo para muitas espécies marinhas e atuando como barreiras naturais contra as ondas e a erosão costeira.
Ross Cunning, biólogo do Aquário Shedd, em Chicago, e coautor do estudo, enfatiza que as populações remanescentes dessas espécies estão tão reduzidas que já não conseguem cumprir seu papel ecológico. “A quantidade de exemplares que restam é tão baixa que já não sustentam o ecossistema”, afirmou Cunning.
O colapso das colônias de coral é resultado de um processo que se intensifica desde a década de 1970, agravado por aquecimento das águas, pesca predatória e poluição. No entanto, a onda de calor marinha em 2023 foi decisiva. A taxa de mortalidade dos corais chegou a 98% e em algumas áreas, como Florida Keys e Dry Tortugas, a 100%.
Os corais são formados por pequenos animais chamados pólipos, que vivem em simbiose com algas microscópicas. Essas algas fornecem energia e coloração. Quando expostos ao calor extremo, os pólipos perdem essas algas, resultando no branqueamento e, em muitos casos, na morte dos recifes.
Cunning destacou que ações de restauração e conservação são urgentemente necessárias para evitar uma extinção completa. “A restauração é mais urgente do que nunca para evitar uma extinção total”, alertou o pesquisador.
Esse cenário serve como um chamado para todos. O que você pensa sobre a situação dos corais e as ações que podem ser feitas para proteger esses importantes ecossistemas? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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