Na última quinta-feira, 23 de outubro, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pediu a líderes da União Europeia durante uma cúpula em Bruxelas que aprovem um plano para utilizar os ativos russos congelados para conceder um empréstimo substancial à Ucrânia.
Zelensky elogiou a recente decisão dos Estados Unidos e da UE de impor sanções ao setor petrolífero da Rússia, considerando-a uma medida forte para pressionar Vladimir Putin a encerrar a guerra. Essa ação foi anunciada pelo presidente Donald Trump e surge após a tentativa frustrada de realizar uma cúpula com o líder russo na Hungria.
O objetivo atual do presidente ucraniano é conseguir um acordo para um empréstimo de 140 bilhões de euros, equivalente a 875 bilhões de reais, a partir dos ativos congelados do Banco Central da Rússia na UE. Ele expressou a esperança de que a decisão política dos líderes europeus ajude seu país, comentando que é a Rússia quem deve pagar pela guerra que iniciou.
António Costa, presidente do Conselho Europeu, se mostrou otimista sobre a possibilidade de garantir a ajuda financeira necessária para a Ucrânia até 2026 e 2027. No entanto, a Bélgica, onde a maioria dos ativos russos está congelada, poderá dificultar o processo. O primeiro-ministro belga, Bart De Wever, alertou que a responsabilidade pelos riscos deve ser compartilhada, caso contrário, ele poderá bloquear a proposta.
As sanções americanas implicam o congelamento de ativos das empresas petrolíferas Rosneft e Lukoil nos EUA, além de proibir negócios com elas. Isso já afetou o preço do petróleo, que subiu mais de 5%, gerando preocupações com o fornecimento e suas consequências econômicas.
Apesar da pressão internacional, a Rússia continua a bombardear a Ucrânia. O país registra baixas civis, incluindo jornalistas, em ataques recentes. Putin, por sua vez, minimizou o impacto das sanções, alegando que elas não afetarão significativamente a economia russa. Maria Zakharova, porta-voz do Ministério russo das Relações Exteriores, afirmou que as sanções são passos contraproducentes, garantindo que a Rússia possui uma “forte imunidade” a essas restrições.
Putin afirmou que manterá o diálogo, mesmo com a suspensão da reunião com Trump, mas fez uma advertência sobre possíveis retaliações caso a Ucrânia utilize mísseis americanos para atacar território russo. Ele também mencionou a proibição de importações de gás natural da Rússia até 2026.
O comércio de petróleo com a chamada “frota fantasma” – que é usada por Moscou para escapar das sanções – representa entre 30% e 40% do esforço de guerra da Rússia na Ucrânia, um valor crítico para suas finanças, segundo o presidente francês Emmanuel Macron.
Mark Rutte, secretário-geral da OTAN, acredita que a pressão coletiva sobre Moscou pode fazer com que Putin reavalie sua posição e busque negociações para um cessar-fogo, embora não espere que isso aconteça imediatamente.
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