Governo Trump pressionado a responsabilizar a Nigéria pela violência contra cristãos

Publicado:

Recentemente, um membro do Congresso dos EUA e defensores da liberdade religiosa estão pedindo ao governo Trump que classifique a Nigéria como um país de preocupação especial. Essa pressão surge após um aumento nos ataques a cristãos, especialmente após a remoção dessa designação durante a administração Biden.

Cerca de trinta defensores da liberdade religiosa assinaram uma carta solicitando que o Departamento de Estado dos EUA reconsidere a situação. Eles afirmam que houve um crescimento dos ataques violentos direcionados a cristãos no Cinturão Médio da Nigéria, enquanto o governo local parece não fazer o suficiente para protegê-los.

A carta argumenta que a legislação americana justifica essa designação quando um país tolera ou comete violências severas contra a liberdade religiosa. No caso da Nigéria, as leis islâmicas estão sendo aplicadas contra a blasfêmia, resultando em penas severas, enquanto ataques de pastores muçulmanos Fulani a comunidades rurais cristãs continuam a aumentar.

Entre os signatários, estão figuras notáveis como Nina Shea, do Centro para a Liberdade Religiosa, e o ex-membro do Congresso Frank Wolf. A manifestação foi complementada por um pedido do deputado Riley Moore para que a Nigéria seja novamente designada como um país de preocupação especial, citando um aumento alarmante de homicídios, sequestros e deslocamentos.

Dados de uma ONG indicam que mais de 7.000 cristãos foram mortos na Nigéria nos primeiros sete meses de 2025. Moore descreveu essa situação como um “massacre horrível” em uma postagem nas redes sociais.

Historicamente, dezenas de milhares de cristãos nigerianos foram mortos na última década, com muitos outros deslocados devido à ascensão de grupos extremistas islâmicos, como Boko Haram e o Estado Islâmico, além de ataques de milícias radicalizadas. A organização Portas Abertas alerta que mais cristãos são mortos na Nigéria anualmente do que em outros países somados.

Enquanto alguns analistas afirmam que a violência pode constituir um padrão de perseguição religiosa e genocídio, o governo nigeriano alega que a situação se origina de conflitos agrários. Moore, no entanto, destaca a necessidade de reconhecer a motivação religiosa por trás desses ataques.

Ele afirma que é necessário que os Estados Unidos se posicionem a favor dos cristãos perseguidos e que a designação da Nigéria como um país de preocupação especial pode fornecer as ferramentas diplomáticas necessárias para abordar essa questão.

Em uma ação simultânea, Moore e o senador Josh Hawley apresentaram uma resolução condenando as perseguições aos cristãos em países de maioria muçulmana. A resolução citou a Nigéria, Egito, Argélia, Síria, Turquia, Irã e Paquistão, evidenciando casos de assassinatos seletivos e fechamento de igrejas.

O senador Ted Cruz também se manifestou, propondo uma lei que responsabilizaria as autoridades nigerianas pela violência jihadista. A crescente conscientização sobre a situação na Nigéria, inclusive por figuras públicas, destaca a importância de um diálogo contínuo sobre a proteção dos direitos humanos e da liberdade religiosa.

O que você acha sobre a situação na Nigéria? Compartilhe suas opiniões nos comentários e vamos discutir juntos esse tema tão relevante.

Facebook Comments

Compartilhe esse artigo:

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Aliança Evangélica Mundial abre assembleia global em Seul com o tema ‘O Evangelho para Todos até 2033’

A Aliança Evangélica Mundial (WEA) deu início à sua 14ª Assembleia Geral na manhã de segunda-feira, 27 de outubro, na Igreja Sarang, em...

Extremistas impedem importações e cobram taxas de cristãos no Mali

O grupo Jama’at Nasrat al Islam wal Muslimeen (JNIM), ligado à Al-Qaeda, tem imposto restrições severas no Mali. Recentemente, eles proibiram a importação...

Apenas um terço dos americanos diz que a Bíblia é “totalmente precisa”, segundo pesquisa

Um estudo recente da Sociedade Bíblica Americana revelou que a percepção dos americanos sobre a Bíblia está longe de ser unânime. Com base...