O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a suspensão dos acordos de cooperação energética com Trinidad e Tobago. Em sua declaração, ele alegou que a decisão é uma resposta às ameaças militares dos Estados Unidos e à suposta participação de Trinidad em planos de ataque à Venezuela.
Durante o programa “Con Maduro +”, ele explicou que a ação foi recomendada pela PDVSA, a estatal de petróleo, e pelo Ministério de Hidrocarbonetos. Maduro reconheceu que o acordo energético havia sido assinado com entusiasmo em anos anteriores, visando o desenvolvimento dos blocos de gás em conjunto.
“A proposta que recebi é de denunciar o acordo energético que assinamos com grande entusiasmo anos atrás”
O presidente destacou que, embora a Venezuela tenha mantido o fornecimento de gás a Trinidad em um gesto de “fraternidade bolivariana”, a situação atual exige uma resposta em defesa da soberania venezuelana. Ele mencionou que Trinidad poderia ser usada como um “porta-aviões do império dos EUA” contra a região sul-americana.
Maduro determinou a suspensão imediata dos efeitos do acordo e informou que consultará o Conselho de Estado, o Supremo Tribunal de Justiça e a Assembleia Nacional sobre possíveis medidas adicionais.
Mercenários e suposta operação de bandeira falsa
O governo venezuelano também anunciou a captura de mercenários treinados pela CIA, que teriam planejado ataques a navios militares da Venezuela. Maduro declarou que três tentativas de terrorismo foram desmanteladas.
O chanceler, Yván Gil, acrescentou que o plano incluía um ataque ao contratorpedeiro USS Gravely, ancorado em Trinidad, com a intenção de acusar Caracas e justificar uma intervenção militar. Segundo ele, o governo de Trinidad foi informado sobre essas operações.
Trinidad e Tobago refutou as alegações de Maduro, afirmando que o navio dos EUA está no país para operações de cooperação em segurança marítima e combate ao crime transnacional. “Valorizamos nossa relação com o povo venezuelano, dada nossa história compartilhada”, declarou em nota oficial.
CIA na Venezuela
Essas tensões ocorrem em um momento de escalada entre Caracas e Washington. Nas últimas semanas, Donald Trump confirmou a autorização de operações secretas da CIA na Venezuela, enquanto Maduro acusa os EUA de planejar uma invasão disfarçada.
O governo venezuelano considerou a presença militar norte-americana no Caribe como uma “provocação hostil” e reafirmou seu compromisso em proteger a soberania do país. Maduro enfatizou que a Venezuela busca paz e liberdade diante das ameaças imperialistas, afirmando que os EUA estão tentando roubar os recursos do país.
O cenário atual levanta questões importantes sobre as relações entre a Venezuela e os Estados Unidos, além do impacto na segurança regional. O que você pensa sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários.


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