O projeto de Lei Antifacção, assinado pelo presidente Lula, chegou ao Congresso Nacional em regime de urgência na noite desta sexta-feira. A proposta, que vem do Ministério de Justiça e Segurança Pública, busca fortalecer as leis contra organizações criminosas que controlam territórios e atividades econômicas.
Lula destacou que essa proposta é uma prioridade para o governo. Ele afirmou: “Vamos mostrar como se enfrentam essas facções, que vivem de explorar o povo mais humilde deste país.” O presidente pediu agilidade na tramitação do projeto, enfatizando que a proposta oferece instrumentos para proteger os órgãos públicos da influência dessas organizações.
Um dos pontos centrais do texto é que os crimes cometidos por facções passarão a ser considerados hediondos.
Na proposta, o governo sugere também aumentar a pena para homicídios relacionados a facções, que poderão variar entre 12 e 30 anos. Haverá penas mais severas, de 8 a 15 anos, para crimes que visam o controle de atividades econômicas usando violência ou coação.
Além disso, o aumento das penas poderá ocorrer em casos de ligação com outras organizações ou situações que envolvam a morte de agentes de segurança pública.
Outras inovações do projeto incluem o fortalecimento de ferramentas de investigação e a responsabilização de integrantes de facções. Entre as propostas estão:
- Uso de técnicas que permitam a infiltração de policiais nas facções.
- Permissão para que juízes acessem dados de geolocalização em casos de ameaças à vida.
- Criação do Banco Nacional de Facções Criminosas pelo Poder Executivo.
- Afastamento de agentes públicos com comprovadas ligações com facções, decidido judicialmente.
- Impedimento de réus condenados por facções de contratualizar com o Poder Público ou receber incentivos fiscais por 14 anos.
Do ponto de vista econômico, o projeto busca reduzir o poder das facções por meio de medidas como a apreensão de bens e intervenção em empresas usadas para crimes. Também prevê a suspensão de contratos com o Poder Público.
Além disso, será possível monitorar encontros de membros de facções e transferir presos em situações de motins sem autorização judicial prévia.
O projeto também propõe a cooperação internacional da Polícia Federal e inclui o setor privado na busca por provas relacionadas às investigações.
Esse é um tema que afeta a todos nós. O que você pensa sobre essas medidas? Deixe sua opinião nos comentários!

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