O Irã anunciou neste domingo (2) que recebeu mensagens dos Estados Unidos para reiniciar as negociações sobre seu programa nuclear. Essas conversas estão paradas desde junho, quando uma guerra de 12 dias entre o Irã e Israel teve início. A porta-voz do governo iraniano, Fatemeh Mohajerani, informou que os detalhes das mensagens ainda não serão divulgados.
A confirmação veio após informações do veículo iraquiano Baghdad Al-Youm, que relatou que a comunicação foi enviada através de Omã. Esse comunicado expressava o interesse do presidente americano, Donald Trump, em buscar um novo acordo com o Irã. Autoridades iranianas afirmaram que a troca de mensagens com os EUA ainda continua através de intermediários diplomáticos.
No sábado (1º), o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou que negociações diretas com os EUA não estão nos planos. No entanto, ele mencionou a possibilidade de retomar as conversas indiretas, que ocorreram entre abril e junho sob mediação de Omã. Em entrevista à Al Jazeera, Araghchi disse que o Irã está disposto a dialogar para esclarecer suas intenções pacíficas em relação ao programa nuclear, mas criticou as exigências americanas como inaceitáveis.
Essas exigências incluem a demanda por “enriquecimento zero” de urânio e a limitação do alcance dos mísseis iranianos. O chefe da diplomacia iraniana disse que não aceitaria dessa forma as condições impostas.
A situação se agravou após os bombardeios israelenses, que causaram a morte de mais de mil pessoas no Irã e respondidos com ataques iranianos a Israel. Os EUA também se envolveram na guerra com ataques a instalações nucleares iranianas, intensificando ainda mais o conflito.
Após o fim da guerra, França, Alemanha e Reino Unido, que fazem parte do acordo nuclear de 2015, juntamente com Rússia, China e EUA, buscaram restaurar as sanções da ONU contra o Irã, que entraram em vigor no final de setembro. Contudo, esses países insistem que a diplomacia ainda é o melhor caminho e incentivam o Irã a voltar à mesa de negociações.
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