A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está planejando mudanças na estrutura tarifária para consumidores residenciais, comércios e pequenos serviços que consomem acima de 1.000 kWh por mês. A proposta visa alterar as tarifas com base no horário de consumo, incentivando um uso mais eficiente da energia.

Atualmente, apenas 0,1% das 75 milhões de unidades consumidoras no Brasil optaram pela Tarifa Branca, que já oferece uma redução média de 4,8% nas contas de quem aderiu. A Aneel busca tornar essa alternativa padrão para aqueles que fazem um consumo elevado, enquanto a tarifa convencional ficaria disponível apenas para quem utiliza menos energia.

A ideia é ajustar as tarifas conforme a disponibilidade de energia no dia, com períodos de maior custo acontecendo entre 18h e 21h, quando a demanda aumenta e fontes mais caras de energia são acionadas. Em contrapartida, das 10h às 14h, o consumo é mais acessível, devido ao uso de sistemas de energia solar e eólica.

Com a mudança, os consumidores poderão reorganizar o uso de equipamentos de alto consumo, como ar-condicionado e carregadores de veículos elétricos, priorizando os horários em que a energia é mais barata. A Aneel alerta que a conta pode aumentar se o consumo continuar concentrado nos horários de pico.

Antes de implementar essa nova proposta, a Aneel realizará uma Consulta Pública, permitindo que representantes da sociedade e especialistas contribuam com sugestões. A implementação da mudança deve ocorrer em 2026, com um processo de transição gradual à medida que novos medidores forem instalados.

Além disso, as distribuidoras de energia serão responsáveis por orientar os consumidores sobre como funcionará essa nova tarifa, explicando as vantagens da reorganização do consumo. A Aneel acredita que a baixa adesão à Tarifa Branca é resultado da falta de informação e não de resistência às mudanças.

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