Militares paraguaios são condenados por tráfico internacional de armas para facções brasileiras

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O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) condenou quatro militares paraguaios por envolvimento em uma organização criminosa que trafica armas e munições para o Brasil. Essa ação foi parte da Operação Dakovo, que também envolve a Direção de Material Bélico (Dimabel), órgão paraguaio responsável pelo controle de armamentos.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), os militares abusaram de suas funções públicas para receber benefícios e facilitar o registro e a movimentação de armas no Paraguai, que eram enviadas a facções brasileiras. Entre os condenados estão uma capitã, uma tenente, um coronel e um general, com penas que variam de seis anos e oito meses a sete anos e seis meses, todas a serem cumpridas em regime fechado.

As prisões preventivas dos condenados foram mantidas, e eles estão atualmente no Paraguai, aguardando a extradição. Além das penas de reclusão, cada um deles terá que pagar 150 dias-multa e uma multa de R$ 50 mil, que será destinada ao Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP).

Apesar das condenações, o MPF recorreu ao TRF1, buscando aumentar as penas, que estavam fixadas em quatro anos. O órgão argumenta que as penas não refletem a gravidade dos atos e o nível de responsabilidade dos militares, que utilizaram suas posições para favorecer o tráfico de armas. A proposta é que as punições sejam elevadas para até oito anos.

A sentença mencionou razões para um aumento nas penas, como a participação de funcionários públicos, o caráter transnacional do crime, a conexão com facções criminosas e o destino das armas. De acordo com o MPF, os atos dos condenados representaram uma séria ameaça à segurança pública brasileira, fortalecendo organizações criminosas e ampliando seu poder bélico.

Operação Dakovo
A Operação Dakovo começou após a apreensão de fuzis croatas em Vitória da Conquista, na Bahia, em 2020. A investigação expôs uma rede que importava armas da Europa e da Turquia para o Paraguai, onde eram vendidas ilegalmente para o Brasil, abastecendo grupos como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).

O desdobramento dessa operação gera muitas discussões sobre a segurança nacional. O que você pensa sobre a atuação das autoridades nesses casos? Compartilhe suas opiniões nos comentários!

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