MP-BA encontra delegacia de Remanso com 30 armas desaparecidas e mais de 200 inquéritos parados

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Uma inspeção realizada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) na Delegacia Territorial de Remanso revelou graves problemas, como o desaparecimento de armas, inquéritos paralisados e condições de trabalho degradantes. O relatório, divulgado nesta segunda-feira (10), destaca a urgência de melhorias no local.

Segundo a promotora Thays Rabelo da Costa, o ambiente da delegacia é insalubre e inseguro. A promotoria estabeleceu um prazo de sessenta dias para que a unidade apresente um plano de ação visando solucionar as irregularidades identificadas.

A investigação revelou que mais de trinta armas de fogo desapareceram do acervo da delegacia, um problema que evidencia falhas na gestão e controle de bens apreendidos. O MP-BA exigiu a realização de um inventário completo dos bens e medidas imediatas para garantir o armazenamento seguro dos itens.

Dados de um levantamento realizado em novembro de 2025 mostraram que menos de 5% das ocorrências registradas foram convertidas em inquéritos policiais. Além disso, mais de 200 inquéritos estão atrasados, o que indica um acúmulo significativo de processos.

A inspeção também constatou que a delegacia não cumpriu várias requisições do MP e decisões judiciais. A ausência de perícias, especialmente em crimes violentos como homicídios, fragiliza a produção de provas. A falta de registro audiovisual de depoimentos e a realização inadequada de reconhecimentos de suspeitos foram pontos críticos levantados.

As condições da carceragem foram descritas como inaceitáveis. O local apresenta infiltrações, fiação exposta, pouca ventilação e falta de acesso adequado à água potável. Além disso, não há separação entre homens, mulheres e adolescentes nas celas, o que compromete a dignidade dos custodiados.

O MP-BA também identificou problemas estruturais e de gestão, agravados pela ausência de um escrivão de carreira e pelos constantes afastamentos de servidores envolvidos em investigações por desvios de conduta. Essa falta de efetivo qualificado prejudica a tramitação de inquéritos e a formalização de atos cartorários.

Esse cenário em Remanso levanta questões importantes sobre a segurança e a eficácia das instituições. O que você acha das condições encontradas? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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