Senado dos EUA avança em acordo para possível fim do shutdown

O Senado dos Estados Unidos deu um passo importante na noite de domingo, iniciando a votação para desbloquear o orçamento e acabar com o shutdown que já dura 40 dias. Essa paralisação governamental tem afetado diversos programas e instituições federais.

De acordo com informações do The New York Times, senadores democratas afirmaram ter os votos necessários para construir um consenso, garantindo financiamento para os serviços federais até 30 de janeiro de 2026.

Detalhes do acordo

O pacto em discussão prevê a reintegração dos servidores federais demitidos pelo presidente Donald Trump. Além disso, menciona a implementação de mecanismos que evitarão novas dispensas semelhantes no futuro. Outro ponto é a garantia de financiamento para os programas de auxílio-alimentação até o final do ano fiscal de 2026.

Os democratas também buscam assegurar que todos os funcionários públicos recebam os salários referentes ao período em que ficaram sem trabalhar, devido à paralisação.

Após a discussão e aprovação no Senado, a proposta precisará passar pela Câmara. Após a reabertura do governo, é esperado que os líderes republicanos de ambas as casas do Congresso comecem novas negociações com os democratas nas semanas seguintes.

Paralisação mais longa da história

Este shutdown é o mais longo já registrado nos Estados Unidos, atingindo seu 40º dia neste domingo. A crise teve início em 1º de outubro, quando o Congresso não conseguiu aprovar o orçamento federal. Logo após, a Casa Branca começou a implementar cortes no pessoal de diversas agências.

No dia 10 de outubro, Trump anunciou sua intenção de “demitir muitos” funcionários que ele acreditava serem afins ao Partido Democrata. Mesmo após uma decisão judicial que impediu novas demissões, o governo insistiu em sua estratégia de corte, alertando que até 10 mil funcionários poderiam ser desligados se a situação não se resolvesse.

Mais de 1 milhão de servidores federais foram afetados pela paralisação, muitos dos quais continuam a trabalhar sem remuneração, enquanto outros foram colocados em licença não remunerada, sem previsão de retorno.

Voos suspensos

A crise também impacta o setor aéreo. Até o último sábado, 1,5 mil voos haviam sido cancelados por conta da redução do tráfego aéreo, que começou logo após o shutdown completar 39 dias. A Administração Federal de Aviação (FAA) relatou uma redução de 4% nas operações dos aeroportos, devido à falta de pessoal, afetando operações essenciais e gerando atrasos.

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