Governo gastou R$ 345 mil ao trazer ex-primeira-dama condenada do Peru

O governo brasileiro investiu R$ 345.013,56 para repatriar a ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia. A operação foi realizada pela Força Aérea Brasileira (FAB) no dia 16 de abril deste ano, após Heredia ser condenada por lavagem de dinheiro em um esquema que envolvia o governo da Venezuela e a construtora Novonor, anteriormente conhecida como Odebrecht.

Os detalhes dos gastos foram revelados em resposta a um pedido de informações do deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS). Além da repatriação, o Brasil também concedeu asilo diplomático a Heredia. Recentemente, ela solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que suspenda qualquer pedido de extradição contra ela.

De acordo com a FAB, o custo foi dividido da seguinte forma: R$ 318.009,20 em logística, R$ 7.547,62 em diárias para os tripulantes e R$ 19.456,74 em taxas aeroportuárias.

Van Hattem criticou esses gastos, afirmando que “R$ 345 mil do dinheiro do povo foram usados como se fosse um serviço de transporte”. Ele assegurou que a ordem para a operação partiu diretamente do presidente Lula.

A aeronave saiu de Brasília às 22h45 do dia 15 de abril de 2025, fez um pouso técnico em Cuiabá e seguiu para Lima, chegando às 2h45 do horário local. Após a repatriação, decolou novamente de Lima às 4h20, retornando a Brasília às 11h40 no dia seguinte.

Vale destacar que a FAB não realizou uma estimativa prévia de custos para a viagem. Na época, Nadine era representada pelo advogado Marco Aurélio de Carvalho, que defendeu o uso do voo da FAB, alegando que esta decisão estava em conformidade com um tratado internacional firmado entre Brasil e Peru em 1954.

“Aplaudimos a decisão do governo brasileiro, que respeitou o tratado internacional, cumprindo todas as normas diplomáticas”, afirmou Carvalho.

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