Durante um período caótico como o da pandemia, Léo Santana encontrou uma nova conexão com suas raízes. Entre 2020 e 2022, o artista aprofundou sua compreensão do movimento negro e das questões que envolvem essa luta.
Em uma coletiva nesta quarta-feira (19), Léo comentou sobre a gravação do seu DVD ‘DNA de Gigante’, prevista para o dia seguinte em Salvador. O cantor mencionou um ponto de virada em sua trajetória. “Participei de um grupo chamado Excelência Negra, onde pude ouvir e aprender com ativistas. Foi essencial para entender nossa história e o que significa ser quem somos hoje”, explicou.

Ao ser questionado sobre a responsabilidade que vem com sua influência, Léo foi direto: “Reconheço o peso dos títulos que carrego”, disse.
“Sim, eu sou representatividade. Especialmente por estar no cenário do pagode, que já é um som periférico. A discriminação é algo que vivi desde cedo. Estou consciente desse papel e me sinto à vontade para cumpri-lo”, destacou. Ele fala sobre ser um exemplo como homem negro de uma família negra, ressaltando o amor que transcende questões raciais em seu casamento.
Recentemente, Léo recebeu o Prêmio da Igualdade Racial na categoria Nelson Mandela, uma honraria da Frente Nacional de Negros e Negras (FNN). O prêmio reconhece personalidades que contribuem para a causa negra.
Ao receber a distinção, ele refletiu sobre seus 20 anos de carreira e a importância do apoio do público. “Ainda é difícil para o Léo Santana ocupar certos espaços. Precisamos entender o porquê disso. O tempo de Deus é um fator, mas temos trabalhado duro. Como homem e artista, continuo lutando por visibilidade para a música preta baiana”, afirmou, com firmeza. “Vocês vão ter que me engolir, pois estou aqui para ficar e provar meu valor, degrau por degrau”.
E você, o que acha sobre a trajetória de Léo Santana e sua luta por representatividade? Comente abaixo e compartilhe suas opiniões!

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