A direita brasileira enfrenta um dilema com os candidatos bolsonaristas para as eleições presidenciais de 2026. Inicialmente, havia dois nomes: Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Agora, parece que Flávio é o único remanescente, e ele carrega um fardo maior após seu pai, o ex-presidente, violar sua tornozeleira eletrônica.
Tarcísio, que já teve sua cota de desgastes por se antecipar ao anúncio da confissão de Bolsonaro sobre a tornozeleira, está em uma posição complicada. Ele se coloca em defesa do ex-chefe, mas isso não se aplica a todos. Enquanto Flávio faz isso por laços familiares, outros políticos não júnior têm pouca conexão com Bolsonaro.
Os outros possíveis candidatos da direita não parecem dispostos a se sacrificar pelo ex-presidente. Ratinho Júnior (PSD-PR) não mantém um relacionamento próximo, Ronaldo Caiado (União-GO) já teve desavenças com Bolsonaro, e Romeu Zema (NOVO-MG) é visto como um oportunista.
Apesar disso, muitos desses políticos prometeram indultar Bolsonaro, que atualmente enfrenta uma pena de 27 anos e três meses por crimes graves, incluindo tentativa de golpe e destruição de bens públicos. No entanto, essa promessa revela mais um desejo de herdar os votos que Bolsonaro trouxe para a direita do que qualquer real admiração.
Enquanto isso, a esquerda observa com satisfação a subserviência da direita, que se renova em sua devoção a Bolsonaro. Essa postura pode ser uma arma poderosa durante as campanhas. Mesmo que a direita planeje se distanciar de Bolsonaro e seus filhos quando o ex-presidente enfrentar as consequências legais, a marca do bolsonarismo estará presente em todos os seus representantes.
Tarcísio já sabe que o rótulo de bolsonarista será difícil de evitar. Flávio, por sua vez, parece preparado para se sacrificar por conta de sua lealdade familiar.
E você, o que pensa sobre essa situação da direita em relação a Bolsonaro? Deixe seu comentário!

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