A Black Friday, que promete preços mais baixos, atrai muitos consumidores. Embora a data oficial seja em 28 de novembro, algumas promoções começam bem antes, aumentando a preocupação com fraudes online. Paulo André Mettig Rocha, advogado especializado em direito do consumidor, alerta sobre os riscos e oferece dicas para se proteger.
Um dos golpes mais comuns é o falso desconto. Segundo Paulo André, algumas lojas aumentam os preços previamente para então aplicar um desconto, enganando o consumidor. Para evitar esse tipo de situação, a pesquisa de preços deve começar com antecedência. Sites que mostram histórico de preços podem ser úteis. Se perceber um desconto fraudulento, o consumidor pode fazer uma denúncia ao Procon.
Outro problema frequente é a discrepância entre o produto recebido e o que foi anunciado. Isso pode ocorrer em relação ao material, à qualidade ou à aparência. Nas compras feitas fora do estabelecimento, como pela internet, o consumidor tem o direito de arrependimento, podendo desistir da compra até sete dias após o recebimento, com direito ao reembolso sem precisar explicar o motivo.
Ao comprar em sites desconhecidos, a cautela deve ser redobrada. Golpistas costumam criar páginas falsas e até simulam avaliações falsas. Muitas vezes, esses sites são divulgados por redes sociais ou mensagens de texto. Mesmo sites de grandes lojas podem ser copiados por golpistas, por isso, é importante verificar a autenticidade.
Para garantir a segurança em transações, é essencial que haja um cupom ou nota fiscal com informações da loja, como nome, CNPJ e dados de contato válidos. Se a loja não for confiável, desconfie. Verifique se o site possui o ‘https’ e consultando plataformas como siteconfiavel.com.br ou reclameaqui.com.br para checar a reputação do site e o CNPJ da loja no portal da Receita Federal. Essa precaução pode evitar muitos problemas no futuro.
O especialista destaca que os golpes costumam parecer muito atrativos, com grandes descontos e prazos limitados, forçando o consumidor a decidir rapidamente. A dica é não comprar apressadamente. Pesquise a loja em portais como Reclame Aqui e Procon. Mesmo que a avaliação seja positiva, use cartão de crédito, pois facilita a contestação em caso de fraude.
E se você cair em um golpe? Reúna provas, como prints do anúncio e da página de venda. Informe seu banco sobre a fraude e conteste a compra. Para pagamentos via Pix, utilize o Mecanismo Especial de Devolução (MED) se a transação for até 80 dias. Também é importante registrar um boletim de ocorrência e fazer uma denúncia ao Procon e na plataforma consumidor.gov.br. Em alguns casos, é possível entrar com uma ação judicial contra a empresa responsável.
Fique atento às dicas e compartilhe suas experiências ou dúvidas sobre o tema. Vamos conversar sobre como se proteger melhor nas compras online!

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