A administração de Donald Trump intensificou sua pressão sobre o regime de Nicolás Maduro ao classificar o “Cartel de los Soles” como uma organização terrorista estrangeira. Anunciada no dia 16 de novembro, a medida entra em vigor agora, permitindo a Trump novas sanções direcionadas aos ativos de Maduro e de seus aliados.
Embora essa designação tenha sido considerada por especialistas jurídicos como insuficiente para legalizar o uso de força letal, algumas autoridades da administração afirmam que ela amplia as opções militares dos EUA para possíveis ações dentro da Venezuela. Essa designação é uma das mais sérias ferramentas antiterrorismo do Departamento de Estado.
O “Cartel de los Soles” refere-se a uma rede descentralizada de grupos das forças armadas da Venezuela, supostamente envolvidos no tráfico de drogas e corrupção. Jurídicos ressaltam que essa expressão indica mais um grupo de funcionários corruptos do que um cartel estruturado.
Maduro sempre negou a existência desse cartel e qualquer envolvimento com o tráfico.
Essa designação acontece em um cenário de mobilização militar crescente dos EUA na região, conhecida como “Operação Lança Sul”. O Pentágono já enviou mais de 15 mil tropas e diversos navios de guerra, realizando operações antidrogas que resultaram em várias mortes.
Recentemente, no dia 20, os EUA demonstraram uma significativa presença militar próximo à Venezuela, com pelo menos seis aeronaves, incluindo caças e bombardeiros, visíveis ao longo da costa. Essa movimentação é um claro reflexo das crescentes tensões na região.
Uma pesquisa CBS News/YouGov divulgada no dia 23 revelou que 70% dos americanos se opõem a uma ação militar dos EUA na Venezuela. Além disso, 76% dos entrevistados acreditam que a administração Trump não deixou clara sua posição sobre essa questão.
Oficialmente, a Casa Branca diz que o foco é reduzir os fluxos de migrantes e drogas ilegais na região, embora a mudança de regime em si seja vista como um efeito colateral desejado. Um funcionário dos EUA mencionou que Trump espera que a pressão resulte na renúncia de Maduro, sem necessidade de intervenção militar direta.
Além disso, Trump tem demonstrado uma disposição incomum para o diálogo, sugerindo que poderia conversar com Maduro “em algum momento”.
Em resposta ao aumento das tensões, a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) emitiu um alerta para companhias aéreas sobre a “situação potencialmente perigosa” ao sobrevoar a Venezuela. Como resultado, três companhias aéreas internacionais cancelaram seus voos partindo do país no último fim de semana.
O cenário na Venezuela continua a se desenvolver e suscita questões importantes sobre as ações dos EUA na região. O que você pensa sobre essa situação? Comente sua opinião abaixo e vamos conversar sobre isso!

Facebook Comments