Cristão enfrentam crescimento da ameaça islâmica na França, alerta relatório

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A defesa interna da França emitiu um alerta sobre o aumento da ameaça a grupos cristãos. Essa informação veio à tona em um relatório confidencial que o jornal Le Figaro teve acesso. O documento conecta os recentes ataques na Europa a anos de propaganda jihadista.

O alerta foi gerado após um ataque em Lyon, no dia 10 de setembro, onde Ashur Sarnaya, um cristão iraquiano em cadeira de rodas, foi agredido. Segundo os investigadores, esse evento destaca a determinação de extremistas em atacar fiéis cristãos.

A Direção Geral de Segurança Interna (DGSI) informou que grupos islâmicos têm atacado repetidamente os cristãos, rotulando-os como “infiéis” ou “idólatras”. O relatório aponta que essa narrativa é sustentada por uma propaganda antiga que retrata os cristãos como “cruzados” e faz referências a eventos históricos como as Cruzadas e a colonização europeia.

A retórica anticristã, conforme expõe o documento, frequentemente se transforma em violência. Em 1998, Osama bin Laden, líder da Al-Qaeda, divulgou uma fatwa convocando ataques contra “judeus e cruzados”. Seu sucessor, Ayman al-Zawahiri, reforçou essa visão ao descrever um conflito global entre “cruzados e seus aliados” e os muçulmanos.

Além disso, o Estado Islâmico frequentemente usou linguagem similar, afirmando que “conquistaremos sua Roma” e incitando ataques a igrejas com o intuito de “instilar medo” nos corações dos cristãos.

A violência contra cristãos não se limita à França. Durante os anos 90, o Grupo Islâmico Armado na Argélia assassinou pelo menos 19 líderes religiosos. No Paquistão, a Al-Qaeda fez vítimas entre comunidades cristãs locais, enquanto em 2015, o Estado Islâmico executou 21 cristãos coptas na Líbia. Na Europa, ataques como o do mercado de Natal em Berlim em 2016 e o assassinato do padre Jacques Hamel em Saint-Étienne-du-Rouvray demonstram a vulnerabilidade da região.

Dados do Observatório sobre Intolerância e Discriminação contra Cristãos na Europa (OIDAC) indicam um aumento nos atos de violência anticristã. Em 2024, a Alemanha registrou 337 incidentes, incluindo 33 incêndios criminosos em igrejas. Na França, também se relatam várias agressões a fiéis e ataques a locais históricos, como o incêndio em Saint-Omer.

Essas informações levantam questões importantes sobre a segurança e proteção dos grupos religiosos na Europa. O que você pensa sobre esse assunto? Compartilhe suas opiniões nos comentários.

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