A Terceira Turma Criminal do TJDFT acolheu nesta quinta-feira recurso do Ministério Público do DF e tornou réu o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por estelionato. A decisão foi unânime.
O processo envolve o irmão Wander Nunes Pinto Júnior, a cunhada Ludymilla Araújo Lima e mais seis pessoas. Todos responderão pelo mesmo crime, com pena prevista de 1 a 5 anos de prisão.
Em julho, Bruno Henrique já havia sido réu por fraude esportiva. O MPDFT buscava ampliar a acusação para estelionato, mas o juiz Fernando Brandini Barbagalo rejeitou, entendendo que os elementos apresentados eram insuficientes para sustentar a denúncia.
A defesa argumentou que, para caracterizar estelionato, seria necessária a manifestação direta das casas de apostas prejudicadas com base em informações privilegiadas sobre um cartão previsto para Bruno Henrique em jogo do Brasileirão de 2023. Como nenhuma operadora formalizou representação, sustenta que não houve crime.
O relator do caso, desembargador Demétrius Gomes, rejeitou essa leitura e afirmou que a comunicação da IBIA vale como representação das empresas do setor.
“As empresas vítimas demonstraram interesse na punição dos investigados. Essa colaboração ativa e tempestiva afasta qualquer argumento de inércia da representação”, afirmou o magistrado.
Durante o julgamento, os desembargadores também negaram o pedido de fiança de R$ 2 milhões feito pelo MPDFT. O colegiado avaliou que Bruno Henrique não apresenta risco de fuga, o que dispensa medidas cautelares adicionais.
Em síntese, a decisão mantém Bruno Henrique como réu em novos desdobramentos, com o desfecho ainda em andamento.
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