O comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), Philippe Lazzarini, denunciou que a sede da UNRWA em Jerusalém Oriental foi invadida por policiais israelenses e funcionários municipais. Durante a ação, a bandeira da ONU foi substituída pela de Israel.
Lazzarini afirmou que esse ato representa um claro descumprimento das obrigações de Israel, como membro da ONU, de proteger as instalações da organização. Os israelenses invadiram o complexo com motocicletas e cortaram todas as comunicações, confiscando móveis e equipamentos.
Em janeiro, o Parlamento israelense já havia proibido as atividades da UNRWA no país, alegando vínculos entre seus funcionários e o grupo Hamas. No entanto, a Corte Internacional de Justiça afirmou que Israel não apresentou provas concretas para sustentar essa acusação, nem para comprovar a falta de neutralidade da agência.
Lazzarini classificou as acusações como parte de uma “campanha de desinformação”, e destacou que os ataques à UNRWA e seus funcionáros resultaram em um ambiente hostil, que culminou na necessidade de desocupar o local em Jerusalém Oriental.
Ele reforçou que o complexo mantém seu status como local da ONU, que deve ser protegido de qualquer interferência, conforme a Convenção sobre Privilégios e Imunidades da ONU. O comissário concluiu que permitir essa situação representa um risco ao direito internacional, criando um perigoso precedente.
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