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A passagem do cometa C/2025 R2 (SWAN) pelo plano galáctico da Via Láctea rendeu um registro de grande impacto visual. A foto foi capturada em 17 de outubro, quando o objeto atravessou a região da Nebulosa da Águia, no coração da constelação de Serpens. O brilho esverdeado da coma do cometa se destacou no campo rico em poeira interestelar, estrelas jovens e estruturas icônicas já conhecidas do público.
A imagem foi produzida a partir do deserto do Atacama, no Chile, por Gasparri, astrônomo profissional que acompanha esse tipo de fenômeno diretamente do céu andino. O registro ocorreu pouco mais de um mês após o cometa completar sua maior aproximação ao Sol, em 12 de setembro, mantendo forte luminosidade durante a travessia da região.

C/2025 R2 (SWAN) em destaque no céu
O cometa, descoberto pelo astrônomo ucraniano Vladimir Bezgly em 10 de setembro de 2025, ganhou visibilidade por apresentar uma coma verde intensa, resultado de sua atividade próxima ao Sol. Esse brilho aparece evidente no novo registro, posicionado à esquerda dos Pilares da Criação, uma das formações mais observadas e fotografadas do céu profundo.
A Nebulosa da Águia domina o plano de fundo da cena com seu vasto complexo de poeira e gás hidrogenado. A radiação emitida por suas estrelas jovens ioniza o material ao redor e gera a luminosidade característica da região. Ao centro da nebulosa estão os Pilares da Criação, colunas de gás e poeira que se tornaram mundialmente famosas por imagens feitas pelos telescópios Hubble e James Webb.

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Como a imagem foi produzida
Para registrar o encontro visual entre o cometa e a nebulosa, Gasparri utilizou um telescópio refletor newtoniano de 130 mm. A composição final foi montada a partir de 40 exposições de 120 segundos, feitas sob o céu escuro do Atacama, perto da cidade chilena de Copiapó.
Em comunicado ao Space.com, Gasparri afirmou que a observação foi marcante também a olho nu. “Foi uma visão incrível pela ocular, com sua característica coma verde atravessando uma das nebulosas mais observadas do céu”, disse o astrônomo.
Um visitante que não retorna tão cedo
Após sua aproximação ao Sol em setembro, o cometa segue agora para as regiões mais distantes do Sistema Solar. Segundo os dados disponibilizados, o C/2025 R2 (SWAN) só deve retornar aos arredores internos do sistema em cerca de 1.400 anos.

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