Senado do México aprova aumento de tarifas sobre importações do Brasil e China
O Senado mexicano aprovou na quarta-feira (10) o reajuste de tarifas sobre produtos importados do Brasil, da China e de outros países sem acordos comerciais. A proposta, formulada pelo governo da presidenta Claudia Sheinbaum, segue para sanção presidencial e entrará em vigor a partir de 1º de janeiro. Ao todo, 1.463 classificações tarifárias de 17 setores receberão reajustes entre 5% e 50%.
A expectativa do Centro de Estudos das Finanças Públicas do México é de que esses setores somem US$ 52 bilhões em importações, equivalente a 8,6% do total de compras externas feitas pelo país em 2024. O governo também aponta que a medida deve manter estável o emprego, preservando cerca de 320 mil vagas.
A iniciativa surge sob pressão dos Estados Unidos para frear o tráfego de drogas e melhorar a posição do México nas negociações de comércio. O presidente norte-americano, Donald Trump, acusa o México de servir como porta de entrada para produtos chineses nos EUA, o que explica o peso dado à China entre os impactos das novas tarifas.
Além disso, a medida busca pavimentar, ao lado do Canadá, as negociações para renovar o acordo de livre comércio com os EUA em 2026. Atualmente, estima-se um fluxo comercial entre EUA e México na casa de US$ 800 bilhões por ano.
O objetivo é tornar as relações comerciais mais favoráveis aos interesses locais, ao mesmo tempo em que se prepara terreno para acordos futuros com os parceiros da região. Opiniões divergem sobre o impacto econômico imediato, mas a medida é apresentada como ferramenta para manter competitividade e empregos na região.
E você, o que acha dessa estratégia mexicana para equilibrar tarifas, empregos e negociações regionais? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe da conversa sobre o futuro do comércio entre as grandes economias.

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