Equipes de diferentes distribuidoras de energia foram mobilizadas para ajudar a Enel a restabelecer o fornecimento em São Paulo após o ciclone extratropical que atingiu a região na última quarta-feira. O alvo é retornar à normalidade, ainda que moradores e comerciantes tenham sentido os impactos por dias consecutivos, com interrupções no abastecimento, água e trânsito comprometido.










Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a reconstrução de redes e a troca de postes contaram com 76 equipes de fora. Unidades da Enel no Ceará e no Rio de Janeiro forneceram 40 equipes, e outras 36 vieram de distribuidoras como Light, Elektro, CPFL e Cemig.
A Aneel informou que o reforço foi decidido após reunião com o Ministério de Minas e Energia (MME) e concessionárias na sexta-feira (12/12). No mesmo dia, houve vistoria no Centro de Operações da Enel e nas bases de reparo, com apoio da Arsesp; a operação foi considerada funcionando normalmente.
Enel fala em “normalidade”, mas casas ainda ficam no escuro
Em nota, a Enel afirmou que o fornecimento na capital e na região metropolitana está voltando ao padrão de normalidade, com o restabelecimento para boa parte dos clientes. No entanto, o monitoramento às 21h02 apontava 46.129 imóveis sem luz apenas na capital. O segundo município mais atingido era Cotia, com 12.496 clientes sem energia, seguido por Itapecerica da Serra, com 3.547 imóveis afetados.
A ventania, associada a um ciclone extratropical, manteve ventos de quase 100 km/h. Em alguns locais, o apagão chegou a durar até cinco dias. Além de residências, houve falta d’água, transtornos no trânsito por falha nos semáforos e cancelamento de mais de 300 voos nos aeroportos da região.
Apagão em São Paulo
- Moradores da capital e da região metropolitana ficaram sem energia por cinco dias, após vendaval com rajadas próximas a 100 km/h provocadas por ciclone extratropical.
- Na manhã de domingo (14/12), cerca de 160 mil imóveis ainda estavam sem luz; no sábado (13/12), foram registrados mais de 470 mil sem energia.
- Na quarta-feira (10/12), a falta de energia atingiu mais de 2 milhões de imóveis na Grande São Paulo. Na sexta (12/12), mais de 800 mil continuavam sem energia; na quinta (11/12), eram mais de 1,5 milhão.
- Entre os impactos, também houve falta de água, quedas de árvores e cancelamentos de voos. Em algumas áreas, o abastecimento de água ficou comprometido pela falta de eletricidade.
Na sexta-feira (12/12), o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) recomendou a suspensão de atos administrativos da Aneel relativos à renovação do contrato com a Enel. O órgão apontou “falhas graves” na prestação do serviço e pediu medidas preventivas para evitar a perpetuação de concessões que não atendam aos padrões legais. O parecer ressalta que episódios naturais, embora marcantes, não podem ser considerados imprevisíveis, especialmente em regiões como São Paulo, historicamente sujeitas a chuvas intensas, ventos fortes e granizo. Ao Metroplit, o subprocurador Lucas Rocha Furtado afirmou que o objetivo é provocar manifestação da equipe técnica do TCU.
O que você tem feito para enfrentar os impactos dessa temporada de falta de energia? Compartilhe nos comentários como lidou com as quedas, o que ainda falta na sua região ou quais medidas você acredita serem mais eficazes para evitar novos apagões.

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