Cristãos em várias regiões da Nigéria vivem sob uma onda de ataques direcionados que, segundo defensores da liberdade religiosa, pode provocar um novo massacre de Natal. Um defensor do tema alertou sobre esse risco durante uma Cúpula de Emergência sobre Crimes contra Cristãos realizada no Capitólio, onde líderes políticos e especialistas avaliaram estatísticas da perseguição global e as frentes para combatê-la.
Entre os palestrantes estiveram um acadêmico nigeriano cuja família foi vitimada em um ataque direcionado no início deste ano, e um ativista pela liberdade religiosa que lançou o alerta sobre o iminente ataque concebido para o período natalino. O evento contou com a participação de Gia Chacon, da organização For the Martyrs; Josh Hawley, senador republicano pelo Missouri; Chris Smith, Marlin Stutzman e Mark Walker, indicado por Donald Trump para uma função de embaixador itinerante para a liberdade religiosa internacional.
Sean Feucht, cantor e líder do ministério Light a Candle, ficou entre os anfitriões, ao lado de Chacon, Hawley e da equipe do deputado Riley Moore. O grupo Equipping the Persecuted foi representado por Judd Saul, que contou como sua organização lançou o TruthNigeria.com para responder a numerosos ataques que não chegam à imprensa, registrando mais de 100 alertas de terrorismo desde 2023, com 89% de precisão.
Saul afirmou que tem informações de hoje, antes da reunião, sobre novos ataques planejados por jihadistas na fronteira Nasarawa-Plateau, Nasarawa-Benue e Nasarawa-Kaduna, com planos de atingir aldeias e áreas como Bokkos (Plateau), Barkin Ladi, Riyom (Plateau), Agatu (Benue) e Kafanchan (Kaduna) durante o Natal. Ele repetiu: “Eles estão planejando outro massacre de Natal.”
Acompanhando as informações, Franc Utu, pesquisador da Universidade Central de Oklahoma e sobrevivente de violência, descreveu o ataque de Yelwata, foco de violência em junho de 2025. Ele relatou que, entre 13 e 14 de junho, das 21h à 1h, jihadistas islâmicos ceifaram a vida de centenas de pessoas em quatro horas, incluindo seu sobrinho de 2 anos, cujo corpo foi carbonizado em frente à mãe. “Minha aldeia foi atacada repetidamente nos últimos 10 anos”, lamentou.
Utu afirmou que os ataques ocorreram por causa da fé dos cristãos e ressaltou que os agressores criaram uma narrativa de violência que se estendeu pela região. Ele disse que os jihadistas “infiltraram o governo” e que, sem ações contra esse esquema, o genocídio pode se intensificar. Segundo ele, se um cristão na Nigéria se manifestar publicamente hoje, será rotulado como cúmplice ou traidor.
Tanto Utu quanto Saul dizem que os serviços de inteligência já haviam previsto o ataque a Yelwata e que o governo foi informado com antecedência — 30 dias de aviso, segundo Saul —, com notificações feitas 24 horas antes do ataque. Ambos condenaram a inação oficial, destacando que os responsáveis por planejar tais ataques estariam engrenados em estruturas políticas e militares do país.
O debate ocorre em meio a críticas internacionais sobre a perseguição prolongada a cristãos na Nigéria. Em relatos apresentados na audiência, Chacon descreveu as estatísticas como evidência de uma tentativa sistemática de obliteration de um povo, enquanto Utu rotulou os ataques como genocídio e pediu intervenção militar direta para neutralizar os extremistas. Os participantes ressaltaram que, desde 2009, mais de 19.000 igrejas foram incendiadas ou destruídas, alimentando a pressão por ações reais do governo.
Conclui-se que a perseguição aos cristãos na Nigéria ganhou contornos de crise humanitária, com relatos de infiltração política e falhas institucionais que dificultam a proteção das comunidades. O debate segue aberto, com o objetivo de mobilizar apoio internacional e medidas práticas para evitar novas tragédias nesta cidade e região.
E você, o que pensa sobre a gravidade da situação e as medidas necessárias para proteger comunidades cristãs na Nigéria? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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