Alimentação após os 50: guia simples para ossos, coração e cérebro
O envelhecimento traz mudanças significativas no corpo, principalmente após os 50. O metabolismo, a saúde óssea, a cognição e a circulação sofrem impactos. Segundo o médico neurologista e nutrólogo Jô Furlan, essa fase pode parecer “um novo corpo” que precisa ser compreendido e respeitado para viver bem.
Erros mais comuns após os 50
Entre os deslizes mais frequentes estão deixar de lado a proteína, pular refeições, aderir a dietas restritivas ou recorrer com frequência a ultraprocessados. “Isso paga um preço alto ao corpo”, alerta Jô.

Outro ponto fundamental é ouvir os sinais do próprio organismo. O corpo sabe o que falta e, muitas vezes, ansiedade e alimentação emocional sabotam o processo.
Para apoiar seus pacientes, o médico reforça as quatro regras do Dr. Jo:
- Mastigar bem os alimentos.
- Repousar o talher entre as garfadas.
- Evitar líquidos doces durante as refeições.
- Refletir se o que está sendo consumido é comida ou emoção.
Praticidade também é estratégia
A falta de tempo não pode atrapalhar a alimentação. Estruturar hábitos simples ajuda a manter uma dieta balanceada no dia a dia: cozinhar proteínas em maior quantidade, congelar porções, ter ovos cozidos à mão, escolher iogurte natural com sementes e deixar vegetais já higienizados à disposição.
“Ovo, por exemplo, é um alimento subestimado. Rico em proteína, colina e vitaminas, é excelente para o cérebro, músculos e saciedade. Pode, sim, fazer parte da rotina”, afirma Jô Furlan.

O prato ideal depois dos 50
Siga um modelo simples e sustentável: metade do prato deve ser de vegetais, um quarto de proteína de qualidade, um quarto de carboidratos bons e azeite de oliva extravirgem à vontade. À noite, prefira refeições mais leves e com menos carboidrato. O caminho é o meio, sem radicalismos.
“Em geral, as refeições precisam ser bem feitas. O resultado aparece no médio e longo prazo”, afirma o nutrólogo.

Alimentos que protegem ossos, coração e cérebro
Para a saúde óssea, a equação envolve cálcio, proteína, vitamina D e estímulo muscular. Laticínios naturais, sardinha, vegetais verde-escuros, gergelim, amêndoas, couve e brócolis entram nessa conta.
Para o coração e o cérebro, o foco é uma alimentação anti-inflamatória: peixes ricos em ômega-3, azeite de oliva, abacate, oleaginosas, aveia, frutas vermelhas e vegetais com polifenóis ajudam a reduzir inflamação, proteger vasos e manter a função cognitiva.
“A alimentação não só previne, como trata e protege. Quanto melhor a nutrição, melhor será o envelhecimento cerebral”, reforça Jô.
Intestino, pele e menopausa
A constipação é comum após os 50 e está ligada ao intestino mais lento. A solução passa por hidratação, mais fibras, sementes como chia e linhaça e prática física regular.
Para pele, cabelos e unhas, proteín a de qualidade é indispensável, assim como vitamina C, zinco e selênio. Já os sintomas da menopausa podem ser amenizados com soja, grão-de-bico, linhaça, magnésio e uma ingestão proteica bem distribuída ao longo do dia.





Suplementar ou não?
A suplementação não deve ser regra, mas pode fazer sentido quando há deficiências comprovadas, baixa ingestão proteica, osteopenia, osteoporose ou fadiga com impacto cognitivo. Ainda assim, nenhum suplemento substitui comida de verdade.
O segredo da longevidade
No fim das contas, a equação é simples: alimentação de qualidade e movimento. Depois dos 50, a mulher precisa cozinhar para si, mesmo que seja apenas para uma refeição. Ultraprocessados são um pacto perigoso com o envelhecimento.
Viver mais e melhor depende diretamente da nutrição e da atividade física. Esse é o verdadeiro segredo da longevidade.
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E você, já ajustou sua alimentação para seguir bem após os 50? Conte nos comentários quais mudanças trouxe para sua saúde e bem-estar.

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