Uma carta destinada ao Papai Noel dos Correios ganhou vida na prática: Francisca Larissa, 15 anos, de Ceilândia, pediu uma cadeira de rodas motorizada para ganhar autonomia. Nesta terça-feira (16/12), o sonho tornou-se realidade, após uma mobilização que reuniu cerca de 40 voluntários de uma empresa local.
Francisca vive com a tia-avó Ana Maria dos Santos, responsável legal por sete crianças, entre elas Alexandra (18), Gabrielle (16), Francisca (15), Dyeycon (10), Benjamin (8) e Rian (6). Diagnosticada com paralisia cerebral, ela não verbal e se comunica por escrita e gestos. Mesmo assim, o sorriso de Francisca diz muito, especialmente no momento em que recebe cuidado e independência.
A jovem consegue se alimentar sozinha, mas depende de ajuda para tomar banho, se vestir e se locomover. Uma cadeira motorizada representa, para além da mobilidade, um salto significativo para a autonomia da aluna.




História de vida Francisca vive com a tia-avó Ana, que assumiu a guarda de sete crianças há cinco anos. A Justiça financiou a viagem para buscar as crianças, e Ana cuida de todos com apoio de benefícios sociais, mantendo a casa estável e amorosa.
Sua ação na EC 55 A Escola Classe 55 foi escolhida para o projeto após mais de uma década fora da iniciativa. A seleção depende de critérios da Secretaria de Educação, alinhados aos requisitos dos Correios. Ao todo, foram entregues 503 presentes aos alunos, em um espaço decorado para a ocasião, com a presença do Papai Noel.
A pedagoga Kelly Regina explicou que o processo começa com as crianças alfabetizadas escrevendo as cartas, enquanto as menores desenham, com orientação das professoras. “Foi cansativo, mas gratificante. Estamos em uma área de vulnerabilidade social. Isso é inclusão, é ação social de verdade”, resumiu.
Entre centenas de pedidos, o de Francisca recebeu mãos dispostas a somar esforços. A cadeira motorizada foi adquirida de forma planejada: uma peça já montada, revisada e adaptada às necessidades da estudante, com a revisão de bateria e orientação de uso incluídas no presente para a família.
Sobre a decisão coletiva A iniciativa envolveu colegas que contribuíram com valores variados, de R$ 25 a R$ 1.000, mantendo a meta acessível. Mesmo diante do susto de o valor da cadeira estar próximo do dobro do previsto, a união manteve o objetivo vivo.
A solução surgiu quase como magia: a cadeira necessária foi encontrada pronta, já revisada e dentro do orçamento inicial, com a adaptação necessária para as necessidades de Francisca. A história destaca não só a cadeira, mas também o apoio mensal à família, com orientações de uso para facilitar a transição.
Encerramento A experiência da EC 55 mostra como uma ação simples pode gerar impacto profundo, transformando a vida de uma jovem e fortalecendo uma rede de solidariedade na cidade. Compartilhe nos comentários o que você pensa sobre iniciativas assim e como a comunidade local pode incentivar mais histórias como esta.

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