A morte de Henay Rosa Gonçalves Amorim, 31 anos, ocorrida em Itaúna (MG) no último domingo (14/12), ganhou contornos de investigação de possível femicídio. A Polícia Civil afirma que o caso é tratado como hipótese de feminicídio, após Alison de Araújo Mesquita, de 43 anos, confessar ter tirado a vida da namorada e simulado o acidente para encobrir o crime.
Segundo imagens de uma praça de pedágio, Henay estava no banco do motorista aparentemente desacordada, enquanto Alison conduzia o veículo de forma improvisada. A atendente questionou se estava tudo bem. Alison alegou que Henay passava mal e que parassem para atendimento, mas o veículo seguiu viagem. Cerca de nove minutos depois, o carro invadiu a contramão e atingiu um ônibus, e Henay morreu no local.
Alison foi detida na manhã desta segunda-feira, durante o velório de Henay, em Divinópolis (MG). Além do vídeo, a Polícia Civil aponta contradições entre a dinâmica do acidente e as lesões apresentadas pela vítima, indicando que os ferimentos não seriam compatíveis apenas com o impacto.
A investigação ganhou impulso após a identificação de indícios de que a vítima poderia já estar inconsciente antes da batida. Novos exames periciais foram solicitados, o sepultamento chegou a ser adiado para a realização de necropsia e as oitivas devem esclarecer pontos sobre o caso. O laudo da necropsia e as declarações das testemunhas são aguardados para avançar no inquérito.
Entre os itens analisados pela polícia, estão mensagens, fotografias e registros médicos que indicariam um possível histórico de violência doméstica. Os celulares de Henay e de Alison foram apreendidos para perícia, reforçando a linha de investigação de que o episódio poderia não ter ocorrido de forma isolada.
A investigação continua para esclarecer se Henay chegou a estar inconsciente antes da colisão e quais foram as circunstâncias que levaram ao acidente. A Polícia Civil trabalha para confirmar se houve homicídio, com indícios de feminicídio, e para entender o contexto de violência na relação.
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