Ivana Bastos, presidenta da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), encerra seu primeiro ano à frente da Mesa Diretora enfrentando desafios relevantes, entre eles a prisão do deputado Binho Galinha e a tensão institucional da Casa. Em balanço à Bahia Notícias, ela não citou explicitamente o processo de confirmação da prisão, dizendo apenas que “olha, sem nenhum vitimismo, mas com mulher parece que é tudo mais difícil”.
O caso ganhou destaque em 9 de outubro, pouco depois da prisão do parlamentar na sede do Ministério Público estadual (MP-BA) em Feira de Santana. Conforme o regimento, a AL-BA foi notificada para analisar a situação, e o Conselho de Ética levou a decisão ao plenário, que manteve a prisão preventiva de Binho Galinha (PRD) em votação secreta.
A presidente afirmou que o caso já foi avaliado pelo Conselho de Ética da Casa e que “o Conselho vai definir a situação; fizemos a nossa parte e respondemos a nossa parte”.
Ivana relembra ainda que o mandato começou em meio a tensões políticas e judiciais, decorrentes da eleição de seu antecessor, Adolfo Menezes (PSD). O ex-presidente, que comandou a Casa por dois mandatos, foi deposto após a abertura de uma ação judicial, abrindo espaço para negociações que culminaram na atual gestão.
Ela destaca que, desde então, o dia a dia na AL-BA é um desafio, mas a parceria com 62 deputados tem trazido tranquilidade: “eu sou 62 deputados e isso tem me deixado com essa tranquilidade”.
Ela reforça que a Assembleia não é subserviente ao governo, votando Defensoria Pública, Ministério Público, Tribunal de Justiça e projetos de governo e de deputados.
CASO BINHO GALINHA: o deputado Kleber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, foi preso em 3 de outubro, dois dias após deixar a fuga, sob acusação de liderar uma organização criminosa com atuação na região de Feira de Santana. De acordo com a Operação Estado Anômico, o grupo responde por lavagem de dinheiro, obstrução da justiça, jogo do bicho, usura, receptação qualificada, comércio ilegal de armas, usurpação de função pública, obstrução a investigações e tráfico de drogas.
Ainda neste mês, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou a prisão preventiva do deputado em decisão unânime da Quinta Turma, em sessão virtual entre 19 e 25 de novembro de 2025. O recurso de Kleber e dos demais suspeitos buscava reverter decisões que mantinham as detenções, mas o tribunal entendeu que não houve ilegalidade evidente que justificasse intervenção.
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