A Justiça, em caráter liminar, determinou a interdição imediata da Capela Nossa Senhora da Piedade, no centro histórico de Itaparica, atendendo a um pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA) em ação movida contra o município de Itaparica e a Arquidiocese de São Salvador na última terça-feira, dia 16. A medida busca evitar riscos de desabamento e proteger o patrimônio local.
A capela, bem patrimonial municipal de propriedade da Igreja Católica, está em estado precário de conservação. Laudos técnicos do MP-BA apontam “desaprumo das paredes laterais, danos severos no coro e no mezanino, infiltrações, ataque de cupins e deterioração generalizada”, indicando possibilidade de colapso parcial ou total da estrutura.
A determinação estabelece um prazo máximo de 15 dias para que a Arquidiocese e o município realizem intervenções emergenciais, incluindo o escoramento das paredes, a vedação provisória da cobertura, a limpeza interna e a descupinização.
As promotoras de Justiça Ítala Maria Braga e Eduvirges Ribeiro Tavares, autoras da ação, afirmam que os responsáveis tinham conhecimento da deterioração, mas não promoveram a conservação do imóvel. A capela foi construída originalmente em 1854 e reconstruída em 1923. Elas pleiteiam que, ao final do processo, os réus apresentem e executem um projeto completo de restauração, garantindo a estabilidade estrutural e a preservação das características arquitetônicas.
Este caso destaca a importância de proteger o patrimônio histórico da cidade e a responsabilidade das autoridades em assegurar intervenções adequadas para a segurança pública e a preservação das características históricas da capela. Compartilhe nos comentários a sua opinião sobre como equilibrar preservação e segurança em patrimônios históricos.

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