Em meio à crise institucional que tomou conta do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinpojud), o presidente Manuel Suzart se manifestou na quarta-feira (17) sobre os recentes desdobramentos.
Veja vídeo:
Suzart destacou que o teor das acusações públicas, envolvendo alegações graves de irregularidades financeiras, supostos afastamentos irregulares e a batalha pela narrativa através das redes sociais e da imprensa, expõe uma “fratura profunda” na entidade. Para ele, a situação vai além de uma simples disputa interna de poder e atinge o coração da credibilidade da representação sindical.
“O que se vê é uma guerra comunicacional onde cada lado tenta emplacar sua versão como a verdade absoluta, mas com uma particularidade preocupante: a acusação central, de desvio de recursos, ainda paira no ar sem a apresentação plena e irrefutável das provas por qualquer das partes à categoria”, afirmou. “A nota da presidência fala em documentos e auditoria, mas estes não foram divulgados. O outro lado alega ilegalidade nas assembleias, mas também carece de transparência total no processo. O servidor, no fim, fica no meio de um cabo de guerra sem ter acesso aos autos da briga.”
Suzart também questionou o momento e o impacto das revelações. “Se houve de fato a identificação de ‘rombos financeiros relevantes’, como afirma a nota, a pergunta que a categoria deve fazer é: quando isso foi descoberto, e por que só agora, em meio a uma luta interna pelo controle da entidade, o assunto veio à tona? A transparência, quando seletiva e usada como arma em conflitos de poder, perde sua essência e vira instrumento de guerra.”
Leia nota enviada ao Bahia Notícias:
Esclareço que a matéria veiculada no site da entidade não corresponde à realidade dos fatos. Trata-se de conteúdo inverídico, leviano e absolutamente desprovido de lastro documental, produzido pelo próprio Diretor de Comunicação do sindicato, que vem utilizando os canais institucionais para atacar e tentar macular a honra do Diretor-Presidente, do Diretor de Assuntos Jurídicos e dos membros do Conselho Fiscal.
Esses ataques surgem imediatamente após termos levado ao conhecimento da categoria informações objetivas sobre irregularidades encontradas na pasta de finanças e convênios da entidade, no exercício do dever estatutário de transparência institucional.
Desde então, parte da diretoria passou a nos atacar sem apresentar qualquer documento formal que sustente as graves acusações divulgadas. Não nos foi enviado relatório técnico, processo administrativo, notificação interna ou externa, manifestação de órgão de controle, nem qualquer deliberação válida de instância competente que legitime o suposto afastamento anunciado.
Para agravar a situação, foi realizada uma assembleia no dia 13/12 presidida e conduzida por um único diretor, que compôs sozinho a mesa e alegou um afastamento sem jamais nos encaminhar qualquer documento que o fundamente. O que se tem, portanto, são narrativas construídas sem prova, sem procedimento regular e em completo desrespeito ao devido processo legal o que revela a fragilidade e a impropriedade das acusações propagadas.
É importante destacar que a divulgação desse tipo de conteúdo, além de não refletir a verdade, possui claro caráter difamatório e desconstrutivo, atingindo não apenas pessoas, mas fragilizando institucionalmente o próprio sindicato.
Reafirmo que todas as informações levadas à categoria acerca dos desvios financeiros identificados estão amparadas em documentos, ordens cronológicas, direito a ampla defesa da responsável pela pasta envolvida, seguem os parâmetros da legalidade, da responsabilidade estatutária e do compromisso com a transparência, valores indispensáveis à boa gestão sindical.
A propagação de informações falsas ou distorcidas, como a publicada, não fortalece a entidade, não contribui para o debate legítimo e não informa a categoria. Ao contrário, estimula a desinformação, o conflito interno e a descredibilização da luta sindical, sobretudo quando parte do gestor que, até o momento, não apresentou um único documento que sustente suas alegações.
O dado que parece estar sendo deliberadamente afastado do debate e que talvez mereça maior atenção jornalística é que após a identificação de rombos financeiros relevantes e a instauração de auditoria externa conduzida pelo Conselho Fiscal, seus membros, bem como a Presidência e a Diretoria de Assuntos Jurídicos, passaram a ser alvo de ataques pessoais e institucionais, numa tentativa evidente de desviar o foco da questão central: o dinheiro da entidade e sua correta apuração.
A Presidência a qual estou Presidindo, a Diretoria de Assuntos Jurídicos que está sob a condição de Anderson Nery e o Conselho Fiscal do SINPOJUD seguem firmes na defesa da verdade, da institucionalidade e do respeito às pessoas, adotando todas as medidas cabíveis para resguardar a entidade e assegurar que os fatos sejam devidamente esclarecidos. Embora estejamos sendo ameaçados por mostrar a verdade

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