Itabela, na Costa do Descobrimento, é cenário de uma denúncia que envolve o vereador Lucas de Souza Lemos, do União. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) aponta que ele integrava o Bonde do Maluco (BDM) desde pelo menos 2020, atuando no tráfico de drogas, na associação para o tráfico e no financiamento da atividade criminosa.
Em novembro, Lemos foi preso em flagrante pela Polícia Militar dentro da casa do líder do BDM em Itabela. No último dia 9 de dezembro, a Justiça decidiu pela manutenção da prisão preventivo do edil, mantendo o risco de continuidade das ações criminosas apontadas pelo MP-BA.
Segundo o MP-BA, o vereador exercia um papel estrutural e multifacetado na organização, com atuação estável ao longo dos anos. Em 2022, a participação teria se intensificado, envolvendo tráfico de drogas, financiamento do tráfico, associação criminosa e o compartilhamento de informações estratégicas sobre facções rivais.
A denúncia também aponta envolvimento em ações de contrainteligência, ocultação de provas de homicídio e obstrução de investigações. Na operação que resultou na prisão de Lemos, outros dois suspeitos foram alvos; um deles tentou fugir, trocou tiros com a polícia, foi baleado e não resistiu aos ferimentos.
Após a prisão, a Câmera de Vereadores de Itabela suspendeu o mandato do vereador. Em nota, o presidente do União Brasil no município, Jorge Leones Santana Costa, afirmou que a legenda foi surpreendida pela denúncia e acompanhará as investigações para decidir sobre providências. O G1 informou que tenta localizar a defesa de Lucas de Souza Lemos para posicionamento.
O caso levanta debates sobre crime organizado e atuação de autoridades locais na Costa do Descobrimento, com desdobramentos políticos para a cidade de Itabela.
E você, o que pensa sobre esse desdobramento? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe sua visão sobre o papel de representantes eleitos no combate ao crime.

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