O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta sexta-feira que o Judiciário está cumprindo o seu papel ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração ocorreu após a Polícia Federal deflagrar uma ação que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).
Motta destacou que a Câmara não vai proteger aquilo que não é correto, mas alertou que excessos devem ser tratados pelo diálogo institucional entre os Poderes. Ele contou ter recebido a ligação do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, informando sobre a operação, sem avaliar o mérito da investigação.
“Não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da PF. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento”, afirmou durante um café da manhã com jornalistas.
Motta voltou a defender a atuação do Judiciário, ressaltando que a Câmara não pode se omitir diante de investigações contra parlamentares, embora tenha reforçado a necessidade de diálogo para evitar abusos. “A Câmara não tem compromisso em proteger aquilo que não é correto. Se houver algum exagero, caberá à presidência dialogar com o Supremo, com equilíbrio e serenidade, para evitar possíveis abusos”, declarou.
A situação reforça a importância de manter o equilíbrio entre Legislativo, Judiciário e Polícia Federal para assegurar investigações justas sem ferir a atuação de seus representantes.
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