Com a aprovação da pauta econômica prioritária e a ausência de urgências legislativas imediatas, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva encerra 2025 com um Congresso mais previsível para 2026. O fim de ano foi marcado pelo esforço da Câmara para destravar pautas polêmicas e consolidar a base de apoio à nova regra fiscal.
Apesar de incertezas, aliados projetam um 2026 mais estável entre os Poderes, com foco eleitoral gradually deslocado para a disputa, o que deve abrir espaço para menos atrito institucional e uma aproximação maior entre o Planalto e a Câmara. O objetivo é manter o ritmo de aprovação de medidas essenciais, sem abrir espaço para crises que atrapalhem o início do próximo ciclo político.
A proximidade entre Motta e o governo pode acelerar temas para 2026, como o PL Antifac?ão e a PEC da Segurança Pública, pilares de atuação do governo na área. A leitura é de que esses projetos podem avançar com menos resistência, especialmente se houver coordenação entre Executivo e Legislativo ao longo do próximo ano.
Nem todas as pautas avançaram conforme a orientação do Executivo. O PL da Dosimetria foi aprovado no Congresso, mas o governo já indicou que deverá vetar o texto, o que mantém o tema aberto para 2026, com possível judicialização. O episódio ilustra a natureza híbrida da relação entre os Poderes, com avanços e entraves convivendo ao longo do ano.
Nesta semana também houve sinais positivos em pesquisas de opinião para o governo. As sondagens indicam boa posição de Lula para 2026, ainda que haja competitividade na pré-candidatura de Flávio Bolsonaro. No entanto, a maioria dos entrevistados (62%) afirma que não votaria no filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, consolidando o cenário para o duelo eleitoral.
Dentro da estratégia do Planalto, Motta busca manter uma relação mais próxima com o Palácio do Planalto em 2026, o que pode influenciar as articulações políticas locais, especialmente na Paraíba, seu principal reduto. A aproximação com o governo deve moldar a agenda política e as escolhas do Congresso no próximo ciclo.
Outras frentes relevantes devem ficar para depois do recesso, como o PL Antifac?ção e a PEC da Segurança Pública. Esses temas, por reunirem blocos de apoio variados, tendem a avançar com maior facilidade no cenário de 2026, quando o foco tende a se deslocar para questões eleitorais.





Esta semana, também, avanços em pesquisas de opinião animaram o Planalto. As leituras sugerem boa posição de Lula em cenários de 2026, apesar de sinais de disputa com a pré-candidatura de Bolsonaro. Lula repetiu confiança pública na trajetória de 2026, em evento realizado em São Paulo, destacando a necessidade de enfrentar a extrema-direita no pleito.
No conjunto, a relação entre Planalto e Congresso deve influenciar a estratégia eleitoral de 2026, com Motta buscando manter a agenda mais próxima do governo e reforçar sua atuação política na Paraíba e em Brasília. O equilíbrio entre reformas, equilíbrio fiscal e o calendário eleitoral determinará o tom dos próximos meses.
E você, como enxerga o cenário para 2026? Comente abaixo suas expectativas sobre a relação entre o Palácio do Planalto e a Câmara, as pautas que devem avançar e o papel da agenda econômica na disputa eleitoral.

Facebook Comments